Os sistemas de condução autónoma são cada vez mais relevantes no mercado automóvel e são cada vez mais as empresas a apostar nela. A Huawei é uma delas e a sua mais recente patente mostra como ela pode revolucionar este mercado.
Em causa está uma patente que a empresa submeteu junto das entidades competentes chinesas. Com o título "Método e dispositivo de controlo do veículo" ela pretende ajustar o sistema de condução autónoma aos condutores.
Como funcionará o sistema de condução autónoma flexível da Huawei?
Segundo o descrito nesta patente, o sistema de condução autónoma da Huawei funcionará em duas fases. Em primeiro lugar, será necessário reunir informação sobre o estado físico e mental do condutor.
Detalhes como a postura, linha de ângulo de visão, frequência de bocejos e tempo com os olhos afastados da estrada serão tidos em consideração. Essa informação será recolhida através de vários sensores, nomeadamente vídeo e áudio no interior do carro.
A segunda fase do processo consiste numa análise dos dados recolhidos para tentar determinar o nível de fadiga do condutor. Será com base nessas conclusões que o sistema irá ajustar o nível de condução autónoma para oferecer maior segurança a quem viaja no carro.
Com esta tecnologia, a Huawei almeja desenvolver um sistema de condução autónoma mais seguro e flexível para todos. Ao perceber de forma mais eficaz qual o nível de distração do condutor, será mais fácil reduzir vários fatores de risco em tempo real.
Atualmente, existem vários níveis de condução autónoma no mercado, mas nenhuma delas está isenta de qualquer intervenção do condutor. Por norma, estes requerem alguma interação, garantindo que este não está totalmente alheio ao que se passa na estrada.
Ao que tudo indica, esta patente da Huawei será adequada para o nível 2 e nível de 3 de condução autónoma. Isto significa que necessita de intervenção humana, mas essa irá variar consoante a fadiga demonstrada pelo condutor.
A patente sobre a qual nos debruçamos foi submetida junto das entidades competentes em dezembro de 2022. No entanto, só agora obteve a desejada aprovação e nada nos garante que a mesma seja aplicada.