Huawei está disposta a ser supervisionada pelas entidades europeias

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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A Huawei não tem tido dias fáceis ao longo dos últimos meses. A desconfiança em torno de práticas de espionagem têm assombrado os planos da tecnológica chinesa. Algo que tem motivado várias tentativas de desmentidos de tais acusações.

Agora, a Huawei vira-se para as entidades europeias com o intuito de colocar um ponto final nestas desconfianças. De acordo com a agência Reuters, a empresa chinesa mostra-se aberta ao escrutínio das altas instâncias europeias.

Será na próxima quinta-feira que Abraham Liu irá discursar em Bruxelas no contexto da abertura do novo ano chinês. Aquele que é alto representante da Huawei para a Europa, viu o seu discurso chegar previamente ao conhecimento da fonte supra referida.

Huawei quer colaborar com os governos europeus e acalentar as suas desconfianças

No texto conseguido pela Reuters, pode ler-se, em primeiro lugar, que a Huawei leva muito a sério o tema da segurança cibernética. Esta "...deve permanecer como uma questão técnica, em vez de uma questão ideológica. Porque as questões técnicas podem ser sempre resolvidas através das soluções certas, enquanto questões ideológicas não."

Avançando um pouco mais no texto temos o declarar de intenção da Huawei em ser supervisionada pelas altas entidades europeias. A tecnológica declara-se "... sempre disposta a aceitar a supervisão e sugestões de todos os governos, clientes e parceiros europeus."

Esta abertura é mais uma forma de a Huawei demonstrar ao seus parceiros que não tem nada a esconder. Por conseguinte, ao deixar que estes tenham acesso privilegiado aos seus planos, espera conseguir provar que não há nada a temer face às suas práticas.

Toda esta polémica teve origem nos EUA, quando a administração Trump insinuou que a Huawei estaria a servir de veículo para espionagem chinesa. Por consequência, foram vários os aliados desta grande potência que começaram a seguir o mesmo caminho.

Não há muito tempo, também a Alemanha e a Vodafone se juntaram a este coro de desconfiança. Posições que fragilizaram ainda mais a confiança da Huawei, também na Europa, e que motivaram as declarações que aqui reportamos.

Sendo a Huawei uma das principais impulsionadoras das redes 5G, este é um tema que vai além fronteiras. Caso as posições de abandono às infraestruturas da chinesa se multipliquem, a adoção do 5G poderá ser bem mais demorada que o inicialmente previsto.

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Carlos Oliveira
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No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.