A Huawei, fabricante chinesa que desafiou outrora a Apple e Samsung no mercado dos smartphones e demais dispositivos móveis, está atualmente longe do Top 5 e continua a definhar nos mercados internacionais. Tendo, com efeito, sido divulgados os primeiros relatórios de contas, vemos uma abrupta queda nas receitas - 28,9% face ao ano de 2020 - mas mostra, mesmo assim, resiliência.
A tecnológica continua a decair após as sanções impostas pelos Estados Unidos da América mais gravosamente em 2019 e sucessivamente agravadas pelo novo executivo Biden.
Agora, de acordo com a publicação Gizmochina, citando como fonte relatórios fiscais oriundos da China, estima-se uma quebra próxima dos 30% no volume de receitas obtidas em 2021 face a 2020.
Projeção de receitas para 2021 aponta cenário de forte quebra para a Huawei
Segundo as previsões de receitas para 2021 a Huawei terá encaixado 634 mil milhões de yuan, cerca de 100 mil milhões de dólares, ou 88 mil milhões de euros. Adicionalmente, os resultados do quarto trimestre (outubro a dezembro de 2021), apontam uma desaceleração de 19% face ao trimestre anterior (julho a setembro).
Segundo a mesma fonte, nos últimos três meses de 2021 a Huawei terá arrecadado 178,2 mil milhões de yuan, ou cerca de 24,7 mil milhões de euros. Importa frisar que, apesar da pressão internacional, a Huawei teve uma recuperação notória em alguns setores da sua atividade.
Não obstante, privada essencialmente do seu segmento de smartphones devido às sanções impostas pelos Estados Unidos da América, este ligeira recuperação não foi suficiente para equilibrar a balança fiscal da tecnológica chinesa.
Bom desempenho no segmento dos wearables com os seus relógios inteligentes
A Huawei é incapaz de criar novos produtos como smartphones capazes de atrair os consumidores ao estar privada do acesso e utilização dos serviços Google, aspeto fulcral do sistema operativo Android. Adicionalmente, o seu HarmonyOS é, para já, uma novidade a que os consumidores fora da China não aderiram.
Vemos, assim, uma Huawei que não consegue competir no mercado dos smartphones em vários países onde anteriormente tinha uma forte presença. Tal é sentido com particular impacto na Europa, região onde a Xiaomi e OPPO dividiram rapidamente a quota de mercado pertencente à Huawei.
O executivo de topo Guo Ping, responsável pelos desígnios da Huawei, afirma que o seu departamento de telecomunicações continua forte. Em simultâneo, refere que os demais ramos de operação da Huawei continuam a crescer a bom ritmo.
O declínio deve-se sobretudo à divisão de smartphones da empresa. Não obstante, a marca permanece otimista quanto ao seu futuro e demonstra resiliência num mercado que lhe é atualmente adverso.
Em suma, após um difícil ano de 2020 e um agravar dos resultados em 2021, a Huawei mostra-se mesmo assim otimista quanto ao seu futuro, reafirmando que 2022 estará cheio de novas oportunidades.
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