Durante uma conferência de imprensa, o Presidente da Huawei — Wang Chenglu — confirmou que a fabricante vai começar a apostar no HarmonyOS para alguns dos seus smartphone já durante o próximo ano. No entanto, acabou por não confirmar quais seriam as linhas a receber o novo sistema operativo.
Ainda assim, revelou algumas informações importantes sobre a chegada do HarmonyOS aos smartphones. Em primeiro lugar, não irá chegar para substituir o Android, sendo que o sistema da Google irá manter-se como o principal OS a ser utilizado. Além disso, será lançado também em mercados internacionais.
HarmonyOS poderá fazer frente ao Android? Ou terá o mesmo destino do Tizen da Samsung?
Esta não é a primeira vez que vemos uma das grandes fabricantes tentar implementar um novo sistema operativo nos seus smartphones, como alternativa ao Android oferecido pela Google. Ainda que em circunstâncias totalmente distintas, a Samsung tentou criar algo semelhante com o Tizen.
No entanto, apesar de ter sido restrito a apenas alguns smartphones, rapidamente se tornou claro que apostar nessa implementação iria ser um grande erro. Por isso, não demorou muito tempo até que a marca deixasse de apostar no seu OS em smartphones.
A situação da Huawei é muito diferente, especialmente considerando que continua proibida de utilizar serviços e aplicações Google nos seus novos smartphones.
De acordo com Wang Chenglu, toda a plataforma do HarmonyOS será totalmente "open source" a partir de agosto do próximo ano. Desta forma, será muito mais fácil o desenvolvimento de Apps e jogos para o novo sistema operativo. Esta poderá ser a única forma da marca conseguir garantir o seu sucesso.
Ainda assim, será muito complicado conseguirem rivalizar o Android, sendo virtualmente impossível criarem serviços tão competentes como as ofertas da Google. Especialmente aplicações como o Google Maps e a própria Google Assistant.
HarmonyOS não deverá estrear-se em smartphones topo de gama
Não foi confirmado pelo Presidente quais os primeiros smartphones a receber o HarmonyOS em 2020. No entanto, parece pouco provável que a fabricante decida apostar inicialmente na implementação nos seus smartphones topo de gama.
Muito provavelmente irão começar pelas suas ofertas de gamas mais baixas, para realizar todos os testes e estudos necessários, pare depois ponderar o avanço para smartphones de grande destaque.
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