A Huawei continua a atravessar uma das fases mais negras da sua história, tudo por causa das pesadas restrições implementadas pelos Estados Unidos. Atualmente, a fabricante não tem condições para fabricar os seus processadores Kirin e utilizar serviços Google. Estas duas limitações, começam a colocar em causa a própria existência da sua divisão mobile.
Ainda que não haja indícios de que poderão em breve voltar a utilizar os serviços e aplicações Google, novas informações revelam que o problema dos processadores poderá ter uma solução temporária. De acordo com o site MyDrivers, a Qualcomm já conseguiu garantir uma licença para fornecer processadores à Huawei.
Até agora, a Huawei nunca recorreu aos processadores da sua rival para equipar os seus topo de gama, especialmente porque os seus processadores são desenvolvidos de forma a tirar o máximo proveito do hardware/software presente nos seus dispositivos. No entanto, tudo indica que não terão alternativa e que, o Huawei P50 poderá mesmo ser o primeiro topo de gama da marca a chegar com processador da Qualcomm, o Snapdragon 875.
Huawei continua de "mãos atadas" e obrigada a aceitar todas as alternativas disponíveis
Desde que foram implementadas as restrições, tanto a Huawei como a Honor continuaram a lançar novos smartphones de forma regular, não implementando grandes restrições no número de modelos lançados. Esta estratégia foi apenas possível porque a empresa tinha uma grande quantidade de hardware em armazém.
Mas, como seria de esperar, esse inventário não durou para sempre e parece que está prestes a esgotar. Ainda não foi confirmado oficialmente, mas vários rumores indicam que a marca está à beira de não conseguir produzir mais smartphones da linha Huawei Mate 40.
Com a confirmação de que a Qualcomm conseguiu obter a tão desejada licença, são já muitos os rumores que apontam para a possibilidade de vermos chegar uma nova variante do Mate 40 equipada com o Snapdragon 865+ ou até mesmo o SD875.
Considerando que o corte na utilização de serviços Google foi o que mais afetou a Huawei, parece pouco provável que os Estados Unidos decidam (a curto prazo) eliminar a proibição. Assim, a fabricante não tem outra opção que não seja tentar aproveitar ao máximo todas as "bolhas de ar" que vão aparecendo.
Além de utilizar os processadores da Qualcomm para os seus topos de gama, tudo indica que em 2021, veremos também chegar ao mercado vários smartphones gama-média da Huawei equipados com processadores MediaTek. Foi noticiado recentemente que a Huawei conseguiu adquirir uma grande remessa de processadores Dimensity antes de setembro.
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