A Huawei continua banida do mercado de smartphones nos Estados Unidos da América, com severas restrições a afetar a sua atividade neste segmento nos demais mercados. Este status quo não mudará num futuro próximo, sobretudo à luz das últimas ações da administração Biden que vieram endurecer as já de si pesadas restrições aplicadas.
Face a esta severa limitação de um dos maiores vetores de atividade e fontes de lucro para a empresa chinesa, a Huawei procura assim novas fontes de rendimento. De acordo com a Bloomberg, a marca terá encontrado essa fonte secundária nas suas patentes.
Huawei passa a cobrar pelas suas patentes 5G
Mais concretamente, uma vez que a Huawei detém várias patentes no mercado de redes 5G e respetivas infraestruturas de suporte, tal configura uma fonte potencial de rendimento. Isto mesmo foi anunciado pela Huawei no início desta semana.
Com efeito, a fabricante chinesa declarou a sua intenção de começar a cobrar o equivalente a 2,5 dólares por cada smartphone da Samsung e da Apple com acesso às redes móveis de quinta geração. Para a Huawei, o 5G será um balão de oxigénio fiscal.
Deste modo, fabricantes como a Samsung e Apple passarão a pagar à detentora das patentes pelos direitos de utilização das mesmas, aplicadas aos seus dispositivos moveis. No que lhe concerne, a Huawei considera estas taxas "razoáveis".
O mais recente capítulo na querela entre os Estados Unidos e a China
Em verdade, a taxa cobrada pela Huawei será consideravelmente menor que a praticada pela norte-americana Qualcomm, ou pela finlandesa Nokia. Segundo a Bloomberg, esta medida trará entre 1,2 a 1,3 mil milhões de dólares aos seus cofres.
Ao mesmo tempo, a Huawei recolher proveitos junto das fabricantes automóveis. Sendo a maior detentora de patentes no mercado de redes 5G, era apenas uma questão de tempo até que a Huawei começasse a rentabilizar a sua propriedade intelectual.
A medida surge escassos dias após a Huawei e cinco outras operadoras de telecomunicações chinesas serem consideradas uma "ameaça para a segurança nacional" pela responsável da FCC, Jessica Rosenworcel, entidade norte-americana reguladora do mercado de telecomunicações.
As tensões entre os Estados Unidos da América e da China continuam a acentuar-se. A nova administração tem redobrado a pressão e bloqueio a várias empresas sediadas na China.
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