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Huawei Mate Pad Pro 13.2 review: tablet com um ecrã que impressiona

Mónica Marques
Mónica Marques
Tempo de leitura: 12 min.

imagem do Huawei Mate Pad Pro 13.2

Huawei Mate Pad Pro 13.2
★★★★☆4Bom

Estamos perante um bom tablet que fornece um desempenho sólido e uma navegação fluida e suave. Mas o destaque vai diretamente para o ecrã OLED excecional. Este painel merece cinco estrelas totalmente preenchidas. Infelizmente, o preço arrojado e as questões relacionadas com a Google prejudicam um bom equipamento que mostra que a Huawei é mesmo muito competente a desenvolver hardware.

Prós
  • Ecrã excecional
  • Áudio com qualidade
  • Carregamento célere
  • Boa autonomia
  • Medidas de modelo de topo
Contras
  • Preço elevado
  • Ausência serviços Google

Ainda que esteja sob fortes sanções internacionais, a Huawei não desiste e continua a fazer lançamentos no mundo Mobile que dão que falar. Nem mesmo a tendência descendente que o mercado de tablets atravessa demoveu a marca chinesa de lançar um novo equipamento neste segmento, no final do ano passado.

O Mate Pad Pro 13.2 foi apresentado ao lado dos inovadores auriculares FreeClip da marca e, adivinhem, tem também argumentos que podem dar que falar.

Imagem do Huawei Mate Pad Pro 13.2

Ecrã: OLED com 13,2 polegadas

Resolução: 2880x1920 pixéis

Taxa de atualização: 144 Hz

Processador: Kirin 9000S

Memória RAM: 12 GB

Armazenamento: 256 GB

Câmara traseira: 13 MP + 8 MP

Câmara frontal: 16 MP

Bateria: 10.100 mAh

Carregamento rápido: 88 watts

Medidas: 289,1x196,1x5,5mm

Peso: 580 g

Este tablet acompanhou-me nas duas últimas semanas e partilho agora contigo a experiência que foi surpreendente e impressionante e que provou, mais uma vez, que a Huawei sabe desenvolver hardware que chega para conquistar até o mais cético dos utilizadores.

Design mais ou menos premium

caixa do Huawei Mate Pad Pro 13.2

Quando abrimos a caixa elegante do Huawei Mate Pad Pro 13.2, o que se destaca imediatamente é o seu ecrã enorme e o seu peso pluma para o painel que temos nas mãos. Para efeitos de contexto, o ecrã tem 13,2 polegadas – tal como é indicado no seu nome – e um peso de 580 gramas que já inclui a bateria. Melhor: a espessura é de apenas 5,5 milímetros.

Estas medidas de top model fazem justiça ao seu posicionamento no segmento premium. E, o primeiro olhar, remete-nos igualmente para o topo do mercado.

Mas uma análise mais atenta revela a moldura em plástico, sendo que o painel traseiro conta com um revestimento em fibra de vidro. Este é uma característica menos premium que pode ser justificada com o facto de o mercado de tablets não ser já tão exigente com este tipo de pormenores, visto que cada vez menos marcas lançam novidades que desafiem o aprimoramento dos dispositivos.

imagem painel traseiro Huawei Mate Pad Pro 13.2

No entanto, a qualidade de construção é bastante boa e fornece a sensação de que estamos perante um equipamento com alguma robustez. Claro que tratando-se de um modelo Pro e respetivo preço, qualquer utilizador vai avaliar bem antes de mergulhar em aventuras mais radicais para testar a resistência deste modelo.

Resumindo, o Huawei Mate Pad Pro tem um design apelativo, medidas elegantes e uma construção que será capaz de sobreviver, sem sequelas, à rotina diária de qualquer utilizador.

O ecrã… o maravilhoso ecrã

imagem ecrã do Huawei Mate Pad Pro 13.2

Sem mais demoras vamos ao melhor argumento de venda do Huawei Mate Pad Pro 13.2: o maravilhoso ecrã. Comecemos pelas suas especificações. O painel OLED de 13,2 polegadas fornece uma resolução de 2880x1920 pixéis, uma elevada taxa de atualização de 144 Hz, um brilho máximo de 1.000 nits e ainda uma proporção ecrã-corpo de 94%.

E se no papel estas são especificações de topo, na prática este é um ecrã de sonho que os seus rivais vão ter dificuldade em superar. O painel OLED, como esperado, fornece a melhor qualidade do mercado.

A elevada taxa de atualização faz com que os conteúdos, sejam quais forem, sejam exibidos de forma bastante fluida e suave enquanto o brilho máximo de 1.000 nits permite que forneça uma boa visualização, mesmo em condições de luminosidade mais intensa.

É um regalo para os olhos utilizar este ecrã na vertente da produtividade, mas na parte do entretenimento o painel consegue ser a estrela do evento, com direito a ganhar óscar e tudo. Exibe cores reais e precisas, negros com qualidade e, mesmo em conteúdos com mais ação, é capaz de entregar bastante nitidez e detalhe.

Acrescente-se ainda todas as capacidades antirreflexo e anti-brilho juntamente com o “revestimento nano-ótico de magnetrões” e, jargão à parte, não há qualquer fadiga ocular, mesmo com uma sessão de entretenimento mais prolongada.

Se o sucesso dependesse apenas do seu ecrã, o Huawei Mate Pad Pro 13.2 seria o primeiro equipamento do ano a ser premiado com cinco estrelas. Este é um dos melhores ecrãs com que já lidei e tem ainda mais valor quando está integrado num equipamento, cujo mercado não é bem-sucedido. Parabéns à Huawei, não só por este painel, como também pela decisão arrojada de o ter incluído num tablet.

Uma nota de destaque para o áudio

imagem das colunas Huawei Mate Pad Pro 13.2

Não é rara a vez que tablets com ecrãs repletos de qualidade, têm uma nota mais baixa no áudio. Não é esse o caso do Huawei Mate Pad Pro 13.2. O conjunto de seis colunas deste tablet tem uma potência sonora surpreendentemente boa.

Acompanha bastante bem a ação dos filmes e séries, mas brilha com qualquer playlist ou álbum de eleição. O som sai sem distorção, nítido e ainda que os graves não se sintam no estômago têm uma presença suficientemente forte para marcarem bem o ritmo.

E o melhor de tudo é que esta qualidade de som nota-se logo antes de atingir volumes demasiado elevados. Por outras palavras, vais ter uma qualidade sonora bastante boa, sem necessidade de acordar os vizinhos.

As câmaras e o reconhecimento biométrico

imagem câmara frontal Huawei Mate Pad Pro 13.2

Geralmente, no caso dos tablets, a câmara mais importante é a frontal para as videochamadas. Convenhamos que, com um smartphone no bolso, nenhum de nós anda com um tablet debaixo do braço para captar os momentos para mais tarde recordar.

No caso do Huawei Mate Pad Pro 13.2, a câmara frontal revela-se ainda mais relevante porque é esta que é usada no sistema de reconhecimento biométrico. E a unidade de 16 megapixéis de resolução funciona muito bem a reconhecer o rosto do seu utilizador.

A configuração desta funcionalidade é bastante simples e implica apenas seguir as orientações dadas na primeira utilização deste tablet. Daí para a frente, basta o rosto surgir em frente ao ecrã gigante e pequeno entalhe na zona central superior para, de imediato, ter acesso a todas as aplicações.

Esta câmara é também bastante competente nas videochamadas com os nossos interlocutores a verem-nos bem e sem problemas.

imagem configuração câmara traseira Huawei Mate Pad Pro 13.2

Passemos à configuração traseira dupla que conta com um sensor primário de 13 megapixéis e abertura f/1.8 e com um sensor ultra grande angular de oito megapixéis e abertura f/2.2, além de um flash LED.

Os resultados não deslumbram, mas para o que é habitual neste tipo de equipamento, apresentam uma qualidade bastante razoável. Resolvi testar esta câmara durante a altura do nascer e do por do sol, altura especialmente complexa pela mistura de pouca luz natural com iluminação urbana.

Imagem por do sol captada por Huawei Mate Pad Pro 13.2
Imagem por do sol captada por Huawei Mate Pad Pro 13.2
Imagem nascer do sol captada por Huawei Mate Pad Pro 13.2
Imagem nascer do sol captada por Huawei Mate Pad Pro 13.2

Tal como podem ver nas imagens, o Huawei Mate Pad Pro 13.2 lidou bem com estes ambientes, não apresentando efeitos de arrastamento ou distorção. As imagens são também nítidas o suficiente para continuarmos apaixonados pelo céu em tons de vermelho.

Ainda que não ganhe nenhuma medalha de mérito com este sistema ótico, a Huawei merece uma menção honrosa por incluir neste tablet câmaras que cumprem com o que é necessário.

Huawei M-Pencil de 3ª geração: uma surpresa muito boa

imagem da M Pencil e da sua caixa

Testei este tablet da Huawei juntamente com a M-Pencil de 3ª geração que é uma opção extra com um custo extra ainda não anunciado na loja online da marca. Aliás, até ao próximo dia 18 de fevereiro esta caneta digital é uma oferta na compra da variante do Mate Pad Pro 13.2 com 12 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento interno.

Mas vamos ao que interessa. Esta caneta digital conecta-se magneticamente à zona superior do tablet, ficando aí segura e a carregar a sua bateria. Sempre que a colocamos no seu sítio, somos informados sobre a sua autonomia, o que é um pormenor interessante e útil.

imagem do bico da M Pencil

Este acessório traz consigo um bico de substituição e fornece 10 mil níveis de sensibilidade à pressão, o que é superior a muitos equipamentos do género disponíveis no mercado.

Funciona muito bem, sendo bastante responsiva e oferecendo uma sensação semelhante aos convencionais papel e caneta. Claro que precisa de alguma habituação, afinal não estamos mesmo a escrever, desenhar ou rabiscar com uma caneta numa folha de papel.

imagem do desempenho da M Pencil

Mas ultrapassada a barreira, sobretudo psicológica, a capacidade de resposta precisa, rápida e fluida, desta M-Pencil torna a introdução de notas numa tarefa fácil e muito agradável.

Recomendo vivamente que os utilizadores também usem este acessório naqueles jogos sociais em que é preciso desenhar. Há vários títulos disponíveis na AppGallery e a diversão está mais do que garantida.

Desempenho e os incontornáveis serviços Google

imagem do Huawei Mate Pad Pro 13.2 com a M Pencil acoplada

O Huawei Mate Pad Pro 13.2 está equipado com o processador Kirin 9000S, proprietário da marca e baseado no processo de 7 nm. Em Portugal, está disponível apenas na variante com 12 GB de memória RAM e 256 GB de capacidade no armazenamento interno.

Este tablet tem um bom desempenho ainda que não deslumbre, sobretudo depois de sabermos que o seu chip é baseado num processo de fabrico mais antigo. Mas este mesmo chip fornece uma navegação fluida, rápida e suave, assim como não atrapalha em nada o funcionamento excecional do ecrã. Palmas para isso.

Aqui lidamos também com o sistema operativo HarmonyOS 4 que traz mais recursos de privacidade e segurança, assim como novos widgets e conectividade atualizada do Super Dispositivo – funcionalidade que permite que vários dispositivos Huawei funcionem em uníssono e ideal para a multitarefa entre equipamentos.

Tudo a funcionar em harmonia até que esbarramos na incontornável questão dos serviços Google. A ausência deste universo implica uma adaptação à loja AppGallery e ao browser Petal, sendo que este último funciona muito bem e permite também que naveguemos até ao motor de busca Google. Felicito a Huawei pela ausência de preconceito.

Por sua vez, a AppGallery tem já muitas aplicações disponíveis e muitas das quais são as que os utilizadores também encontram na Play Store da Google, por isso, não é por aí que se retiram estrelas a este equipamento.

Mas, sem dúvida, que é necessário um período de adaptação e todos aqueles que não conseguirem viver sem o universo Google, devem ponderar muito bem a compra de um equipamento que implica um investimento demasiado próximo dos mil euros.

Autonomia razoável com um carregamento rápido eficiente e célere

imagem de carregador do Huawei Mate Pad Pro 13.2

Este tablet é alimentado por uma bateria de 10.100 mAh com suporte para carregamento rápido de 88 watts. Vamos esclarecer já que a autonomia é boa. Este modelo não descarrega quase nada quando está em standby, mas em certas tarefas suga a bateria, nomeadamente em vídeo.

Nas aplicações, tanto de produtividade como de jogos relativamente exigentes, a bateria consegue aguentar bem o embate. Mas no vídeo, mesmo que baixemos a taxa de atualização para os 120 Hz, vemos a percentagem a descer com algum ritmo. Ainda assim, com uma utilização considerada normal, não necessita de estar sempre próximo de uma ficha elétrica.

Por sua vez, o suporte para carregamento rápido de 88 watts é eficiente e, como se quer, realmente célere. Consegue colocar a bateria nos 80% em pouco mais de 40 minutos e fornecer uma carga completa em pouco mais de uma hora. Tudo somado, neste ponto o Huawei Mate Pad Pro 13.2 mostra ter o valor que esperamos de um modelo no segmento de topo.

Em conclusão

Para mim, depois de ter estado duas semanas com o Mate Pad Pro 13.2 concluo que a Huawei é uma marca arrojada. Passo a explicar. Incluir um ecrã com uma qualidade tão elevada como este OLED de 13,2 polegadas num tablet, foi uma decisão de coragem. Este tipo de produtos, atualmente, não goza de uma reputação brilhante e o seu mercado continua a atravessar uma tendência descendente.

A marca chinesa foi também arrojada no preço, com este Mate Pad Pro 13.2 a ter um custo de 999,90 € – a parcos 10 cêntimos dos 1000 euros. Pelo ecrã, este custo seria até justificado, mas pelo processador mais antigo e – sim, outra vez – a ausência Google do pacote, as explicações tornam-se mais difíceis.

No entanto, a Huawei também conseguiu que este tablet forneça um desempenho bastante razoável e seja um companheiro incrível para o entretenimento. Essa é aliás, hoje em dia, a principal função de um tablet, não é? Permitir que liguemos uns auriculares para entrar numa autêntica bolha de entretenimento pessoal com uma série ou filme enquanto a pessoa ao nosso lado faz o mesmo em outro tablet ou com o televisor.

Juntando a M-Pencil de terceira geração à equação temos a vida bastante facilitada pelo funcionamento excelente deste acessório. É bom tirar notas como se estivéssemos a escrever num caderno, mas é ainda melhor jogar títulos que envolvam desenhar objetos pela sensibilidade elevada e resposta rápida desta caneta digital.

Imagem do Huawei Mate Pad Pro 13.2

Ecrã: OLED com 13,2 polegadas

Resolução: 2880x1920 pixéis

Taxa de atualização: 144 Hz

Processador: Kirin 9000S

Memória RAM: 12 GB

Armazenamento: 256 GB

Câmara traseira: 13 MP + 8 MP

Câmara frontal: 16 MP

Bateria: 10.100 mAh

Carregamento rápido: 88 watts

Medidas: 289,1x196,1x5,5mm

Peso: 580 g

Em resumo, este é um bom tablet que prova a capacidade extraordinária da Huawei no desenvolvimento de hardware. Infelizmente, como em tantos outros exemplos, é mais um produto que acaba por ser prejudicado pelas sanções e por um preço talvez um pouco demasiado arrojado. Ainda assim, não posso deixar de salientar que o sistema operativo Harmony, assim como a AppGallery registam uma forte evolução positiva.

Mónica Marques
Mónica Marques
Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt