A Huawei foi colocada na "lista negra" dos Estados Unidos da América em maio de 2019, então sob a administração Trump após as recomendações de várias agências de segurança nacional. Agora, sob a batuta de Biden, o garrote pode apertar-se ainda mais.
Perante uma situação desesperada no mercado de smartphones e dispositivos móveis a Huawei viria, em finais de 2020, a vender a Honor. Aliás, esta fabricante também já está na mira dos EUA devido ao seu passado comum com a casa-mãe, Huawei.
Secretária do Comércio dos Estados Unidos deixa aviso à Huawei
Em declarações à agência Reuters, a Secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, afirmou que se fosse necessário o executivo está pronto para introduzir uma nova ronda de sanções. Raimondo foi clara, fazendo saber que a fabricante chinesa continuará na "lista negra" e sob apertada vigilância pelas entidades competentes nos EUA.
A responsável norte-americana afirmou que a Huawei representa uma ameaça aos interesses e segurança nacional norte-americana por diversas razões. A isto somou que Washington não poupa esforços na pressão aos outros países (lobbying) para que estes deixem de usar equipamentos Huawei, sobretudo nas infraestruturas de redes móveis de quinta geração, o 5G.
Ao mesmo tempo que deixou bem claro o estado de guerra com a Huawei, Gina Raimondo não comentou a possibilidade de a Honor vir a sofrer o mesmo destino. A possibilidade, bastante gravosa, foi noticiada previamente pela 4gnews.
Administração Biden promete ser implacável com a Huawei
O dealbar de 2021 trouxe-nos a esperança de uma possível mudança e atenuar nas sanções aplicadas pelos EUA à Huawei. Mais concretamente, com a substituição da administração Trump pelo executivo de Biden, fãs por todo o mundo suspiram de alívio.
Este esperança seria, todavia, rapidamente esmagada quando, mais recentemente, seria reforçado. Em poucos meses qualquer esperança de alívio foi colocada de parte, com a Huawei a preparar-se para o pior.
As ações da Casa Branca foram sucessivamente escalando, privando qualquer agente económico norte-americano de encetar negociações com a tecnológica chinesa. Desse modo, condenando a Huawei a definhar lentamente no mercado mobile, por exemplo.
Honor estará a agir de acordo com os interesses da Huawei
Ainda de acordo com a sua entrevista à agência Reuters, a Secretária do Comércio afirmou não apoiar diretamente a imposição das mesmas restrições à Honor. Admite, contudo, que a hipótese está a ser avaliada pelo organismo que lidera com o intuito de acautelar os interesses norte-americanos.
Esta possibilidade foi levantada quando vários membros do Congresso norte-americano alertaram para as ligações, ainda existentes, entre a Honor e a Huawei. Mais concretamente, acusando esta de atuar de acordo com os interesses da empresa de Ren Zhengfei.
Aliás, chegam a afirmar que a venda da Honor, negócio jurídico que atribuiria independência operacional a esta empresa não passou de uma fachada. Persiste assim a suspeita de a Honor estar a agir, escamoteadamente, sob a batuta da Huawei e na prossecução dos interesses do grupo Huawei Technologies.
Em síntese, catorze membros do Congresso dos EUA afirmam que a Huawei usará toda a sua influência para, em desespero de causa, levar os seus interesses avante. Para tal, usarão a Honor como testa de ferro, entre outras estratégias e subterfúgios.
A Honor e a Huawei não comentaram as afirmações de Gina Raimondo, atual Secretária do Comércio dos Estados Unidos.
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