O ano de 2019 foi de viragem para a Huawei. Numa altura em que a empresa se preparava para alcançar o primeiro lugar de vendas de smartphones, acabou banida pelo governo dos Estados Unidos por suspeitas de espionagem.
Isso fez com que, por exemplo, a empresa tivesse de deixar de usar os serviços da Google nos seus equipamentos mais recentes. Vincent Pang, presidente da Huawei na Europa, afirma que 2019 foi um “grande desafio” para a marca, e deixa duras críticas ao governo liderado por Donald Trump.
“O negócio de consumo foi o principal fator para o nosso crescimento”, afirmou o executivo em chamada com os repórteres. A impossibilidade de usar apps da Google comprar processadores da Intel para os seus portáteis, colocou a marca em “grande dificuldade” para subir as suas vendas.
Governo de Trump "não está disposto a conversar com a Huawei"
Andy Purdy, diretor de segurança da Huawei afirma que o governo de Trump “não está disposto a conversar com a Huawei” sobre o banimento. No entanto, a empresa espera poder “participar nessas conversas” num futuro próximo.
A verdade é que mesmo com o banimento, as receitas da Huawei terão crescido 19.1% durante 2019. Ainda assim, em fevereiro, a marca já foi ultrapassada não só pela Apple, mas também pela Xiaomi nas vendas de smartphones.
Sem serviços da Google, esta parece ser uma descida sem retorno nos mercados ocidentais para a Huawei. A marca vai certamente continuar a fazer sucesso no mercado interno, mas os Huawei Mobile Services terão de evoluir bastante para a empresa ser uma opção válida para o consumidor comum que não sabe nem quer ter de instalar as apps da Google por fontes externas.
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