Huawei ignora o clima de desconfiança e luta pela autossuficiência

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Alheia à controvérsia que a rodeia, a Huawei continua a olhar para o futuro com optimismo e inabalável dedicação. A fabricante de dispositivos móveis Android já ultrapassou a Apple e agora quer tornar-se autossustentável, preparando também a chegada do padrão 5G.

Sendo acusada pelos cúpula da Comissão Europeia advertiu recentemente que toda a Europa devia desconfiar da Huawei e dos seus desígnios.

Huawei ignora as pressões dos Estados Unidos da América e olha para o futuro com o 5G

Todavia, Northland Capital Markets.

Ainda assim, é sem dúvida a escalada da Huawei no mercado de smartphones que mais impressionou o mundo. As agências de análise de mercado comprovam a sua subida ao 2º lugar no mercado mundial, tendo ultrapassado a atual panorama segundo a IDC.

Em segundo lugar, a Huawei continua a colocar cada vez mais recursos no seu departamento de pesquisa e desenvolvimento. Aqui bem como na produção de novos processadores (chipsets) para, mais uma vez, reforçar a sua autossuficiência.

Autossuficiência, o objectivo último desta fabricante Android

Em suma, neste momento a conduta e ambições da Huawei vão ao encontro da agenda de Xi Jinping, o líder da China. Jinping quer que a China se torne autossuficiente no mercado de semi-condutores (chips, processadores, etc). Por conseguinte, os interesses de ambas as entidades estão perfeitamente alinhados.

Ao passo que o líder da China quer que o país deixe de ser um mero produtor de componentes básicos e se torne gradualmente num novo oásis de tecnologias de ponta, a Huawei investe nisso mesmo. Passando da produção básica para indústrias mais lucrativas e com maior valor acrescentado.

Impôs-se uma "Cortina de Silicone" entre a Huawei e os Estados Unidos da América

Em terceiro lugar, neste momento a fabricante Android possui um laboratório secreto, uma área onde raramente chegam visitantes. Aí, a Huawei reune várias maquetes, vários modelos de empresas, bancos e mesmo cidades podem operar com os seus equipamentos.

Em suma, uma área restrita onde a Huawei testa as possíveis implementações das suas soluções e equipamentos. Área apelidada de "Casa Branca", reunindo os mais ambiciosos planos da empresa bem como os seus novos produtos.

A Huawei está a tornar-se numa das maiores empresas mundiais na sua área de operações. Já segundo os analistas de mercado, a empresa poderá deverá crescer exponencialmente até 2025. Aqui sem ter em conta o mercado norte-americano e respectivos aliados, locais onde a Huawei é "persona non grata".

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.