Depois dos EUA, tecnologias da Huawei e ZTE banidas da Austrália

Filipe Alves
Filipe Alves
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Não está fácil para a Huawei e ZTE. As empresa chinesas começam aos poucos a ver as portas de muitos países fecharem às suas tecnologias.

Ontem o governo australiano anunciou que as operadoras do país estão proibidas de negociar as tecnologias 5G da Huawei e ZTE. Uma medida que constrasta com o que se passou nos Estados Unidos da América.

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A Huawei comunicou na sua conta Twitter que está desapontada com o governo do país. Principalmente porque já lá vão mais de 15 anos de parcerias entre a empresa chinesa e as operadoras do país.

Esta proibição não chega do nada. Depois da Huawei e ZTE terem sido proibidas de continuar a negociar tecnologia 5G nos EUA, o mesmo aconteceu na Austrália devido ao receio de espionagem.

Huawei e ZTE não implementarão o 5G na Austrália e nos EUA

A verdade é que por muito que goste da Huawei temos de entender que estas proibições tem a sua lógica. Todas as empresas chinesas são obrigadas por lei a fornecer os dados às entidades de inteligência do país se solicitadas.

Existe, de facto, razões para todo este receio. A China não vive propriamente numa República como a conhecemos. Produtos ou serviços que falem mal do governo são proibidos. Exemplo disso é a típica pesquisa Google, Facebook ou qualquer outra rede social que seja grande nos países ocidentais e apoie liberdade de expressão.

O governo chinês quer acesso a tudo o que é possível e nem a Apple escapa. Todos as contas iCloud de clientes chineses estão em servidores da China com as "portas abertas" para o governo.

Falou-se, inclusive, que a Google estava a pensar criar um motor de pesquisa destinado para a China onde o governo chinês iria ter a palavra final. Algo que revoltou muitos funcionários da empresa que não concordam com o "modus operandi" do governo chinês.

Embora acredite que a Huawei tenha bons objetivos em mente como empresa e queira sem bem sucedida, consigo perfeitamente entender a decisão destes países. Um estalar de dedos e todos os dados do país poderão estar nos servidores do governo chinês.

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Filipe Alves
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Fundador do projeto 4gnews e desde cedo apaixonado pela tecnologia. A trabalhar na área desde 2009 com passagens pela MEO, Fnac e CarphoneWarehouse (UK). Foi aí que ganhou a experiência que necessitava para entender as necessidades tecnológicas dos utilizadores.