Durante o evento de lançamento dos novos Honor 20 na China, o presidente da subsidiária da Huawei afirmou que as fabricantes estão a reavaliar os objetivos traçados para 2020. Relembro que Richard Yu - CEO da Huawei - afirmou que se tornariam na maior fabricante de smartphones do mundo antes do final de 2020.
“Depois dos recentes acontecimentos, é muito cedo para dizermos se seremos capazes de alcançar o nosso objetivo”, disse o presidente da Honor. Estas dúvidas, surgem depois da fabricante sofrer um duro golpe por parte dos Estados Unidos, que proibiram todas as empresas americanas de realizar negócios com a Huawei.
Produção de smartphones fica agora a 'meio-gás'
A Foxconn é a responsável pela produção dos smartphones de várias grandes fabricantes, tal como Apple, Xiaomi e também da Huawei/Honor. Recentes informações revelam que várias linhas de produção da Huawei foram encerradas, devido à redução nas encomendas por parte da marca.
É importante realçar que as fabricantes têm habitualmente uma grande flexibilidade no que respeita a alterações nas suas encomendas, de forma a manterem-se atualizadas em relação à procura dos seus smartphones.
Por isso, não é ainda possível afirmar se este é um abrandamento temporário, ou parte de um plano a longo prazo. Ainda assim, é mais um indicativo dos 'tempos negros' vividos pela Huawei.
Este poderá ser o início do fim da Huawei
Ainda que seja improvável que acabe 'destruída' por completo graças aos recentes acontecimentos, é muito provavelmente o fim da Huawei como a conhecemos. Depois de um ano incrível em 2018, onde bateu todos os seus recordes de vendas e se tornou a segunda maior fabricante do mundo, 2019 parecia ser ainda melhor.
Os resultados do primeiro trimestre voltaram a surpreender, sendo uma das poucas fabricantes a conseguir apresentar um crescimento considerável. Agora tudo poderá ser diferente, especialmente se os Estados Unidos mantiverem a fabricante na lista negra durante muito mais tempo.
Desde que o governo norte-americano 'baniu a Huawei', empresas cruciais como a Intel, Qualcomm, Xilinx e Broadcom viram-se obrigadas a cessar todos os seus acordos. Além disso, também a Google renegou a licença para que sejam utilizadas as suas aplicações e serviços nos smartphones da Huawei.
Ainda assim, estão a batalhar para conseguir dar a 'volta por cima', ao desenvolver o seu próprio sistema operativo (contar com a loja de aplicações Aptoide. Mas parece difícil conseguirem 'remendar' a ausência das aplicações da Google. Outro ponto a favor da Huawei é o facto de já há muito tempo utilizarem os seus próprios processadores na grande maioria dos seus smartphones.
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