É possível que a Huawei seja afastada do 5G em Portugal. Tal acontece porque foram, recentemente, impostos limites quanto a empresas fora da União Europeia, da NATO e da OCDE que não tenham assinado um documento de proteção de conhecimentos.
De acordo com o embaixador da China em Portugal, afastar a empresa pode ser muito prejudicial. Zhao Bentang destaca a presença contínua da Huawei no país, que tem satisfeito bastante os seus clientes.
Na sua ótica, eliminar a Huawei do 5G pode ter custos muito avultados para os portugueses. “Podem ultrapassar mil milhões de euros”, explica Bentang (via CNN).
Sobre o tema em questão, o embaixador chinês alerta para a presença positiva da marca em Portugal. Bentang assegura que nunca existiram quaisquer riscos ou problemas de segurança no país. Nesse sentido, acrescenta que a limitação de participação no 5G “aumenta a incerteza” quanto à presença da Huawei em Portugal.
O embaixador chinês diz que a medida pode gerar prejuízos de 1000 milhões de euros
O representante da China vai mais longe e encara este possível afastamento como um “choque”. Do ponto de vista de Bentang, a medida pode ser má para várias partes.
Posto isto, pode prejudicar os clientes e algumas empresas, que “precisam dos negócios” do 5G da Huawei para se desenvolverem (via CNN).
A Comissão Europeia considera que a Huawei tem partes seguras e outras menos seguras
Sobre este assunto, a Comissão Europeia deixou a sua posição bem definida: a decisão de incluir ou excluir fabricantes compete aos estados-membro. Como refere Thierry Breton, comissário europeu do Mercado Interno, a Huawei tem partes de equipamento seguras e outras que podem suscitar alguns problemas de segurança.
Recorde-se que pouco antes de Breton falar sobre o tema, a Huawei tinha-se insurgido contra a deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança (CAS) acerca do 5G. Em maio de 2023, a CAS alertou para o perigo de usar equipamentos de fornecedores fora da UE, NATO ou OCDE.
Dentro deste grupo definido pela CAS, a mesma identificou como de “alto risco” todos os que permitem “que o Governo exerça controlo, interferência ou pressão sobre as suas atividades a operar em países terceiros” (via CNN).
De acordo com a mesma fonte de informação, a Huawei é um dos centros da polémica. Tal acontece por, alegadamente, fazer espionagem em equipamentos 5G. A empresa chinesa negou as alegações.