Um novo ano se inicia e as coisas não parecem melhores para a Huawei. Mesmo de saída, Donald Trump deixou mais entraves à Huawei, mas isso não a parece intimidar e continua a acreditar no sucesso do HarmonyOS.
Tal como é reportado pela Forbes, a Huawei vê 2021 como o ano de expansão do seu sistema operativo. Até final de presente ano, a chinesa espera ter no mercado entre 300 a 400 milhões de dispositivos a correr o HarmonyOS.
É Wang Chenglu, diretor de software da Huawei, quem avança com esta arrojada meta. Este é um "momento histórico" para a tecnológica chinesa, afirma o executivo. Será o início de um "ecossistema chinês que se espera longínquo e próspero".
Apenas 200 milhões de dispositivos serão da Huawei
Da meta traçada pela chinesa, importa notar que apenas metade contemplará dispositivos desenvolvidos pela própria. A Huawei estima colocar no mercado apenas 200 milhões de dispositivos a correr o seu novo sistema operativo.
O restante englobará dispositivos desenvolvidos por terceiros, possivelmente ligados à IoT (Internet das Coisas). É assim convicção da tecnológica chinesa que o HarmonyOS será atrativo o suficiente para que muitas empresas se juntem ao seu ecossistema ao longo deste ano.
Tal como a Huawei foi uma das principais responsáveis pelo sucesso do Android, a empresa está confiante no enorme sucesso do HarmonyOS. Mesmo num ambiente hostil como aquele que ela enfrenta, a convicção é de sobrevivência.
HarmonyOS não é uma cópia do Android
São muitos os que classificam o HarmonyOS como uma resposta às restrições impostas pelo governo norte-americano. Nesse sentido, a Huawei reitera que tal não corresponde à verdade.
O HarmonyOS "não é uma cópia do Android, nem é uma cópia do iOS", afirma Wang Chenglu, diretor de software da Huawei. O novo sistema operativo da Huawei é classificado como panorâmico e verdadeiramente orientado para os dispositivos IoT.
Wang classifica o Android e o iOS como sistemas operativos desenhados a pensar apenas no smartphone. Em contrapartida, "O Harmony é um sistema operativo integrado para várias plataformas, não um sistema operativo de telefone (desajeitadamente) adaptado para outros usos.".
"1+8+n": a estratégia da Huawei para o HarmonyOS
Quando a Huawei apresentou o seu software, introduziu a sua estratégia "1+8+n". O "1" consiste no smartphone dos utilizadores: o "8" consiste os seus dispositivos inteligentes (TV, PC ou wearables); e o "n" representa os restantes equipamentos IoT.
Este é o espelho da abrangência que a Huawei espera alcançar com a introdução do HarmonyOS no mercado. Cobrir um vasto leque de equipamentos inteligentes e cada vez mais uma parte importante do quotidiano dos seus utilizadores.
Todavia, tudo pode descarrilar caso a sua influência no mercado dos smartphones continue a cair. É cada vez mais complicado para a Huawei desenvolver os seus dispositivos móveis, estando cada vez mais isolada dos seus habituais fornecedores.
Uma nova administração americana está prestes a tomar posse, mas muitos acreditam que isso não representará um inverter de tendências para a Huawei. Não é ainda certo que Joe Biden reverta as sanções impostas por Donald Trump nos últimos anos, mantendo a tecnológica chinesa num clima de incerteza.
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