A Huawei contratou o ex-presidente da república do Brasil, Michel Temer, como conselheiro e consultor jurídico para a implementação das redes 5G na região. A tecnológica chinesa quer afirmar-se como uma das principais responsáveis pelas redes móveis de quinta geração e marcar a sua presença no grande mercado brasileiro.
O vice-presidente do Brasil entre 2011 e 2016 e posteriormente Presidente da República entre agosto de 2016 e janeiro de 2019, será crucial para o entendimento entre o executivo liderado por Jair Bolsonaro e a Huawei no preâmbulo do leilão do 5G para o país.
Michel Temer intervirá a favor da Huawei junto do parlamento brasileiro
O leilão das frequências de rede móvel de quinta geração no Brasil tem sido adiado devido ao impacto da pandemia COVID-19. Estava previsto para março de 2020, mas devido às complicações emergentes, foi adiado para o primeiro trimestre de 2021.
Entretanto, a Huawei tem enfrentado severas restrições à sua atuação em diversos mercados como o mobile, mas sobretudo no mercado de redes e infraestruturas de telecomunicações.
Os EUA pressionaram o Brasil a banir a Huawei
A chinesa correu o risco de ser banida do Brasil após a administração Trump ter colocado pressão no executivo brasileiro, de acordo com a Agência Reuters. Posteriormente confirmado pelo atual vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão.
Agora, a Huawei recorre ao antigo líder do executivo para fortalecer a sua posição no país. Michel Temer é, também, professor de Direito Constitucional e advogado. Recentemente, Temer recebeu de Jair Bolsonaro um voto de confiança para representar o país na visita ao Líbano, no rescaldo das explosões que abalaram aquela nação.
Por outro lado, Temer foi citado em processos de corrupção e outras denúncias contra a sua pessoa, não sendo um ator neutro, ou isento no cenário político brasileiro. Agora, contudo, ganhou também a confiança da Huawei que deposita em si grandes esperanças.
A Huawei viu os seus esforços no mercado de redes 5G severamente condicionados perante as sanções e bloqueios impostos pela administração Trump. No Brasil, contudo, o executivo recusou ingerências por parte dos EUA e não fechou a porta à Huawei.
Recordamos que os EUA impediram a TSMC, uma das maiores fabricantes mundiais de chips e semicondutores, de fornecer os processadores Kirin da Huawei, privando-a, na prática, de componentes essenciais para a operação no mercado mobile.
Em causa está o leilão do 5G no Brasil
Agora, a Huawei volta-se para o Brasil como um dos últimos oásis onde não lhe foi barrada a entrada no mercado de redes 5G. Mais recentemente, a empresa participou por videoconferência numa reunião com o ministro das Comunicações do Brasil a 13 de janeiro, junto dos presidentes das cinco maiores operadoras do país.
Michel Temer é agora a melhor hipótese da Huawei para concorrer ao leilão do 5G no Brasil. O ex-presidente intervirá em seu favor nas comissões criadas pelo parlamento brasileiro para deliberar sobre o tema.
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