Depois de ter lançado uma "caça" oficial à Samsung no final do ano passado, a vida da Huawei deu uma volta de 180 graus, especialmente desde que se iniciaram os constantes ataques dos Estados Unidos. Ainda assim, a fabricante conseguiu bater o recorde estabelecido no ano passado, ultrapassando a marca dos 200 milhões de smartphones vendidos.
Através da sua conta oficial no Twitter, a marca celebrou este feito, realçando que conseguiram atingir esta incrível marca dois meses antes que haviam conseguido em 2018. No entanto, o grande sucesso mundial da Huawei pode ter os dias contados.
Sucesso internacional da Huawei poderá ter os dias contados
Apesar dos Estados Unidos terem banido empresas americanas de realizarem negócios com a Huawei, a fabricante chinesa conseguiu manter um nível de vendas impressionante. Mas os reais efeitos destas ações estão ainda por chegar.
Muito provavelmente, este novo recorde deve-se em grande parte ao facto das vendas na China terem aumentado exponencialmente e também à excelente performance da fabricante durante a primeira metade do ano. Durante o primeiro semestre de 2019, a Huawei conseguiu alcançar números incríveis ao nível internacional, mesmo com os constantes ataques dos Estados Unidos.
No entanto, as ações da administração de Donald Trump acabaram por ditar que os novos smartphones da Huawei não poderão chegar com nenhuma aplicação ou serviço da Google. Este "pequeno detalhe", faz com que os dispositivos da marca se tornem praticamente inviáveis na Europa, onde os utilizadores vêm as Apps e serviços da Google como ferramentas essenciais.
Huawei Mate 30 já dá sinais dos tempos sombrios que se aproximam
O Mate 30 foi o primeiro smartphone da marca a ser afetado por este impedimento, chegando sem suporte para Apps e serviços da Google. Assim sendo, a sua disponibilidade na Europa (e restantes mercados globais) é quase inexistente, o que irá certamente refletir-se num grande declínio nos números de vendas da marca.
Ainda que as vendas na China possam continuar a subir, será praticamente impossível que a Huawei consiga compensar o grande golpe que irá sofrer nos mercados internacionais.
Sinceramente, a menos que a Huawei encontre forma de contornar a ausência das Apps da Google, não me admirava se acabasse por cair a pique no ranking das maiores fabricantes do mundo. Especialmente se considerarmos o grande crescimento apresentado pela Xiaomi ao longo do último ano.
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