HTC - poderá a Google salvar a marca?

Gonçalo Pereira
Gonçalo Pereira
Tempo de leitura: 7 min.

Tudo começa para mim em Maio de 2013, quanto a par do lançamento do Galaxy S4, a HTC lançou aquele que iria ser a primeira geração de um tipo de construção que dura até hoje e prevalece como um símbolo de boa construção em smartphones que saltou à vista da Google.

Estou a falar claro do smartphone HTC One, o original HTC One M7 e esta é a minha opinião e review / análise escrita a um dos smartphones mais marcantes, que ainda tenho e uso.

Boas malta! O tema de hoje: porquê o desaparecimento de uma marca como a HTC merece o salvamento recente da Google e talvez um pouco mais reconhecimento de todos nós. Eu explico.

De volta a 2013, numa altura em que ter um iPhone 5 ainda fazia de facto diferença, mas o sistema ainda era de certa maneira limitado, o ecrã um bocado pequeno e com baixa resolução, a HTC lançou um modelo que veio mudar o mercado dos smartphones até aos dias de hoje.

Foi nesta altura que eu saltei de cabeça para o mercado dos smartphones topo de gama e esta foi sem dúvida a melhor escolha que poderia ter feito na altura.

Este HTC foi uma das melhores compras que já fiz até hoje!

Nesta altura, toda a gente estava dividida entre o Lagwiz e a “prisão” do Apple.

O resultado? Uma das melhores compras que já fiz até hoje!

Bonito, rápido, eficaz e equilibrado este era o pacote oferecido por este HTC frente a um Samsung muito potente e já com AMOLED, mas pouco eficaz no software e claro, construído em plástico…

Para mim, este foi um dos pontos chave na mudança de qualidade dos smartphones. A partir deste momento, ficou claro que a qualidade de construção de um equipamento passaria a ditar e muito o seu estatuto e a sua posição no mercado. Estava então anunciado o fim do plástico como material de construção topo de gama.

A combinação de software e hardware HTC como sinónimo de qualidade

Por esta altura estavamos de falar de Kitkat, a versão 4.0 do Android quando tirado da caixa. No caso da Samsung, esta foi uma lufada de ar fresco depois de um Galaxy S3 que deixou muito a desejar na sua performance e especialmente longevidade, dando origem ao que conhecemos hoje como Lagwiz.

Claramente a pior altura da marca coreana que ainda hoje considero responsável pela mudança de muitos clientes Android para a Apple.

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No caso do HTC e da Sense 5.0 deparei-me claramente com um OS mais simples, sem as infinitas opções do Touch Wiz, mas também sem a sua lentidão e uma versatilidade claramente superior ao IOS, mas também não tão rápida e consistente.

Qualidade de construção da HTC cativou a Google

Contudo, este era o melhor do Android na altura e desafio-te ainda hoje a encontrares um smartphone actual, em loja física, que pelo mesmo preço seja mais rápido do que este. Não terás uma tarefa nada fácil, acredita!

Tenho todas as minhas apps e todas as minhas contas neste smartphone e mesmo assim recusa-se a ficar lento. Tem mais de 3 anos de uso! Sim, não terás tantas apps a correr de fundo, mas por outro lado isso pode ser bom dada a pequena bateria e processador menos eficaz. Recorda-te que nada nesta altura corria mais de quatro ou cinco aplicações de fundo e multi window só os Samsung.

Para além do agregador de notícias no painel mais à esquerda “Blinkfeed”, as alterações ao Android são mais subtis do que no caso da Samsung e da LG, resultando numa experiência mais fluida, limpa e simples.

Em suma, simples e eficaz, rápido e eficiente até aos dias de hoje!

Tem claro um tema personalizado e pack de ícones próprios da HTC, mas por outro lado já tem um motor de procura de temas incluído, para além de não perderes funcionalidades acrescentadas se instalares um Pixel launcher por exemplo.

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  • Snapdragon 600 da Qualcomm
  • 2GB de memória RAM
  • 32GB de memória interna
  • Ecrã Super LCD3 de 4,7 polegadas
  • Vidro Corning Gorilla Glass 2
  • Resolução Full-HD 1080p
  • Colunas frontais
  • Câmara traseira com 4MP UltraPixel
  • Câmara secundária de 2.1MP
  • Bateria de 2300mAh
  • Dimensões: 137.4 x 68.2 x 9.3 mm
  • Beats Audio
  • Altifalantes duplos frontais
  • Construção metálica

Desta lista, está claro que a resolução da câmara traseira te vai dar vontade de rir. Pois enganaste. Nos passados dois anos viste um retrocesso na contagem de megapixels em detrimento de píxeis mais eficazes.

Pois bem, foi isto mesmo que a HTC tentou fazer neste One e digo te que com certo sucesso. As imagens deste equipamento impressionaram sempre os meus sujeitos, especialmente à noite, mesmo com recurso a flash.

Sempre me pediram as minhas fotos, sem sombra de dúvidas as melhores fotos, mesmo quando comparadas a iPhone. Contudo num ecrã maior, a falta de resolução e tamanho da imagem é notória. Para o Instagram, chega com facilidade.

A bateria...

Pois isso agora pode ser um problema. Não, não é um campeão. O Snapdragon 600 nunca foi um campeão de autonomia, mas olha que bem poupadinho ainda se estica para um dia à vontade.

Pena que o meu uso de poupado não tenha nada… Mas por outro lado também não sou tão exigente como o meu o meu irmão que no seu Galaxy S4 trocava 3 vezes de bateria por dia! Bem haja às capas amovíveis.

Dito isto, controlando os dados móveis, localização e brilho, ainda é bem possível tirar um dia completo deste smartphone.

Ainda é um smartphone rápido nos dias de hoje

Avançamos rapidamente até aos dias de hoje e mesmo depois de dois outros smartphones, contínuo a usar este HTC como smartphone de recurso. Não me acompanha para todo o lado, mas foi nele que te escrevi grande parte deste artigo, sem um solavanco ou qualquer problema, fazendo ainda umas perguntas ao Google pelo meio.

Este é sem dúvida um atestado de incompetência à maior parte das construtoras de smartphones naquela altura e sem dúvida me faz lembrar o 3310 da era dos smartphones.

Vê ainda: e!

Atestado do tempo

Mais do que num vídeo de tortura do famoso Filipe Alves. Está completamente destruído! Vê as imagens.

Contudo e apesar do grau elevado de destruição, continua rápido e fluído, perfeitamente capaz de enfrentar desafios e acompanhar-me-á até não dar mesmo mais. Depois digo-te quando isso acontecer, mas penso que não será para breve.

Poderá a Google salvar a HTC?

Até lá, fica a minha mágoa por ver a HTC partir do nosso mercado português e talvez um dia próximo do mercado dos smartphones por completo, salvo pela excepção dos Google Pixel.

Contudo, não será culpa senão de si própria e da incapacidade de manter o nome da marca elevado. Os produtos têm qualidade, mas é cada vez mais raro ouvirmos interesse por esta marca que já deu tanto a este mundo dos smartphones.

Mais magoa ainda é ver o mesmo na Sony, na LG, na Motorola e na Blackberry sem que as marcas consigam concretizar algo que as mantenham relevantes.

As suas especificações são hoje norma de qualidade

As suas especificações apesar de pouco impressionantes agora para um topo de gama, ainda hoje são uma norma mínima de qualidade e provam que a HTC esteve bem com este equipamento: Se gostaste desta review, não te esqueças de deixar o teu comentário aqui em baixo e o like que é sempre apreciado nas tuas redes sociais favoritas. Um abraço do Gonçalo e até ao próximo artigo de tecnologia falada em português!

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