HTC volta a resvalar com forte queda nas vendas dos seus Android

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Mês após mês o cenário repete-se. Agora que ficamos a conhecer os relatórios trimestrais das principais fabricantes de dispositivos móveis, no reino Android poucas sofreriam tanto como a HTC. A fabricante sediada em Taiwan volta a cair, estando prestes a tornar-se...irrelevante.

A palavra é forte mas infelizmente os números são ainda mais fortes. Sobretudo para uma fabricante que há uma mão cheia de anos detinha mais de 10% do mercado global de smartphones. Todavia, recentemente a fabricante Android tem enfrentado uma espiral recessiva.

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Chegamos a um ponto em que a maioria dos relatórios das agências de análise de mercado já nem se dá ao trabalho de listar a HTC. O seu lugar foi (irremediavelmente) ocupado pelas várias fabricantes chinesas e o cenário continua a piorar mês após mês.

Olhando agora para o relatório fiscal da própria fabricante Android podemos ver que as receitas da empresa caíram 37.23% no espaço de apenas um mês. O cenário agrava-se quando recuamos um ano, registando a HTC uma queda de 77.41% face ao período homólogo de 2017.

HTC - fabricante Android enfrenta uma espiral recessiva

A situação está má, está péssima e para terem uma ideia do quão preocupante é temos que olhar para a última vez em que a HTC teve receitas tão fracas. Bom, temos que recuar até agosto de 2003, mês em que a empresa encaixou um valor similar ao registado atualmente. Mais ainda, durante todo o ano de 2018 a fabricante Android encaixou cerca de 544.6 milhões de dólares. Cifra que apesar de não ser insignificante representa uma queda de 54% face às receitas obtidas durante o mesmo período em 2017.

Olhando mais concretamente para os números do 2º trimestre - abril até fim de junho de 2018 - a HTC encaixou 222.2 milhões de dólares. Todavia, a fabricante Android registou um prejuízo de 63.8 milhões de dólares que vai atenuar o valor final do lucro.

Até ao momento, o ponto alto - a nível financeiro - viria da venda do departamento de design e produção de smartphones à Google. Negócio que valeu à empresa um total de 1.1 mil milhões de dólares.

Esta entrada de capital manteve a marca no "verde", ainda com 621 milhões de dólares em lucro durante a primeira metade de 2018. Entretanto, vão surgindo novos smartphones Android, novas iterações de produtos que nunca arrancam das lojas.

O mais recente é o U12+ e o seu impacto no mercado é...praticamente nulo. A nível de equipamentos, os principais pontos fortes são os óculos para realidade virtual, neste caso os VIVE.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.