O mundo dos portáteis de trabalho finos e leves é vasto em oferta, com propostas de todas as marcas a lutar pela tua atenção. A HP entrou nesta corrida em 2025 com o EliteBook Ultra G1i. É uma máquina de 2399 € que, no papel, tem tudo para ser a ferramenta de produtividade definitiva. E depois de duas semanas a usá-lo como o meu único computador, posso dizer-te que a promessa é, em boa parte, cumprida.
| Característica | Detalhe |
|---|---|
| Processador | Intel Core Ultra 7 258V |
| Gráfica | Intel Arc 140V 128 MB |
| Armazenamento + RAM | SSD M.2 NVMe 1 TB |
| RAM | 32 GB LPDDR5x |
| Ecrã | OLED, 14 polegadas, 2880x1800, 400 nits |
| Bateria | 64 Wh |
| Peso | 1,19 kg |
A experiência: duas semanas com um ultrabook que quer ser o teu único computador
Um primeiro toque que surpreende
Ao pegar no EliteBook Ultra pela primeira vez, a primeira coisa que notas é a sua leveza. Com apenas 1,19 kg, quase te esqueces que o tens na mochila. A HP optou por uma construção maioritariamente em plástico, mas não te deixes enganar pela palavra. É um plástico de alta qualidade.
Conta com um acabamento a que a marca chama de "Atmosphere Blue" que é agradável ao toque, resistente a dedadas e que lhe confere um aspeto sóbrio e premium. Algo que agradecemos numa utilização diária. Não sentes a frieza do metal, mas em troca ganhas uma portabilidade de topo.
O que realmente me surpreendeu foi o teclado e principalmente o trackpad. O teclado, retroiluminado, tem um toque preciso e confortável, ideal para quem passa horas a escrever como é o meu caso. Mas a estrela é o trackpad háptico. É grande, preciso e a resposta tátil é tão boa que me fez esquecer que estava a usar um portátil Windows, aproximando-se perigosamente da qualidade do meu MacBook Air.
Uma máquina de trabalho, com um "toque" de IA
No dia a dia, o EliteBook Ultra é uma máquina de produtividade. O processador Intel Core Ultra 7, aliado aos 32 GB de RAM, aguentou tudo o que lhe atirei no meu cenário de trabalho habitual. Ou seja, dezenas de separadores no Chrome, Slack, Spotify, alguma edição de imagem e videochamadas, tudo ao mesmo tempo e sem um único soluço.
A HP e a Microsoft fazem muita publicidade ao facto de ser um "Copilot PC" de próxima geração, e sim, as funções de IA estão lá. Mas, honestamente, o que impressiona no dia a dia não são as sugestões do Copilot ou HP AI Companion que seguaramente fará as delícias de muitos. O que mais gostei foi mesmo a eficiência e a rapidez do hardware para as tarefas que importam no meu fluxo de trabalho.
Pontuação do HP EliteBook Ultra G1i 14 no Cinebench R23
- CPU (Multi Core): 7665 pontos
- CPU (Single Core): 1043 pontos
A bateria que não te deixa ficar mal
E depois há a bateria de 68 Wh que a marca colocou neste portátil. A marca faz promessas de um dia de trabalho e, pelo menos para as minhas necessidades diárias, é uma afirma real. Consegui sair de casa de manhã apenas com o portátil, trabalhar a partir de uma biblioteca e e voltar para ainda fazer parte da tarde de trabalho a partir de casa.
A boa notícia é que nunca tive de tirar o carregador da mochila. Para quem vive em constante movimento, esta paz de espírito não tem preço. De realçar que vem um carregador com transformador incluído para carregares mais rápido, mas poderás usar o mesmo carregador do teu smartphone sem problemas, para carregar por USB-C.
Um cinema no teu colo, mas um deserto para os gamers
Quando o trabalho acaba, o EliteBook Ultra transforma-se numa excelente máquina de entretenimento. O ecrã OLED 2,8K é um verdadeiro espetáculo. As cores são vibrantes, os pretos são perfeitos e ver uma série no teu serviço de streaming de preferência é uma experiência de luxo.
Os quatro altifalantes, otimizados pela Poly Studio, produzem um som de qualidade e envolvente para um portátil tão fino. Não é o melhor áudio que vais ter num computador portátil, mas é mais que suficiente para a audição das playlists favoritas no Spotify ou ouvir aquela explosão em The Boys.
É aqui que importa deixar um aviso: apesar de o ecrã ser tátil, esta não é uma máquina 2-em-1. A dobradiça não te permite virar o ecrã a 360 graus para o usares como um tablet. O toque é um extra de conveniência para navegação rápida, mas não é uma funcionalidade central para o transformares noutro tipo de dispositivo.
No entanto, é também no lazer que as suas limitações se tornam mais claras. Apesar do preço, não há uma placa gráfica dedicada. A Intel Arc integrada é competente para o dia a dia, mas se estavas a pensar jogar os últimos títulos AAA, esquece. Este não é um portátil para gaming. O seu foco é outro.
O mesmo se aplica às portas: tens três portas Thunderbolt 4 (USB-C), uma porta USB-A e entrada para jack 3,5 mm. O que é bom, mas a ausência de uma porta HDMI ou de um leitor de cartões SD significa que, se fores fotógrafo ou precisares de te ligar a um projetor com frequência, vais ter de andar com um dongle na mochila.
Para quem é o HP EliteBook Ultra?
- Para o profissional que vive em movimento: a combinação de leveza e autonomia de bateria é o seu maior trunfo:
- Para quem valoriza uma excelente experiência de utilização: o teclado e, especialmente, o trackpad háptico são de topo;
- Para quem consome muitos conteúdos multimédia: o ecrã OLED e o sistema de som tornam-no num pequeno cinema portátil;
- Para o "power user" de produtividade: aguenta multitasking pesado sem pestanejar;
- Não é para ti se... queres uma máquina para jogar, precisas de muitas portas no dia a dia ou o teu orçamento não chega aos 2400 €.
Conclusão
O HP EliteBook Ultra G1i é um dos melhores ultrabooks de trabalho que podes comprar em 2025. É uma máquina de compromissos inteligentes: abdica do metal em prol da leveza, e de uma gráfica dedicada em prol da autonomia. O que te dá em troca é uma experiência de utilização de luxo, com um dos melhores trackpads que já testei, um ecrã deslumbrante e uma bateria que te liberta da tirania das tomadas.
A grande questão é o preço. Por 2399 €, entra em território onde a concorrência já oferece mais potência gráfica ou versatilidade. Se a portabilidade e a autonomia são as tuas prioridades absolutas e o dinheiro não é o principal obstáculo, dificilmente ficarás desiludido.
