Honor quer ultrapassar a Apple perante o vazio deixado pela Huawei

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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A Honor apresentou ontem (16) o seu novo trio de smartphones Android, novamente equipados com os serviços Google, aptos assim a preencher os requisitos dos consumidores na Europa e no resto do mundo. Foi também aí que a fabricante revelou a sua nova e redobrada ambição para o setor mobile.

Zhao Ming, o atual CEO da empresa chinesa, afirmou que a lacuna deixada pela antiga casa-mãe, a Huawei, será aproveitada amplamente pela Honor. Para Ming, a Honor competirá no segmento premium ansiando por ultrapassar a norte-americana Apple.

A Huawei ficou no passado com a Honor a mirar já na Apple

As declarações do CEO foram ousadas, mas não desprovidas de lógica. Outrora a maior fabricante mundial de smartphones, ainda que por breves meses, a Huawei deixaria um grande vazio no mercado, estando atualmente remetida para uma posição residual.

A sua queda, contudo, abriria uma janela de oportunidade que várias fabricantes chinesas não tardaram em aproveitar. Entre estas destaca-se a OPPO que, numa questão de meses, se substituiu no mercado chinês à antiga rival Huawei.

Perante este novo status quo, a Apple voltou a crescer, afirmando-se deste então como a segunda maior fabricante mundial de dispositivos móveis, atrás apenas da Samsung. Para o responsável máximo da Honor, é chegada a hora de agir.

A Honor quer afirmar-se no mercado mobile na era pós-Huawei

Para Zhao Ming, a Honor competirá diretamente com a Huawei. O CEO aponta ainda que a sua marca tem que igualar ou superar os produtos da Apple no que diz respeito ao desempenho, qualidade e experiência de utilização para o consumidor.

Segundo o executivo, a chave para competir e suceder no mercado high-end é o aperfeiçoamento e aparência dos seus produtos e tecnologias.

O mesmo aponta que "apesar de vários produtos topo de gama de fabricantes nossas amigas também usam o processador Snapdragon 888 da Qualcomm, mas a experiência de utilização é uma confusão. Portanto, é impossível fazerem um bom trabalho no segmento premium."

As declarações foram feitas durante a apresentação dos novos Honor 50 Pro, Honor 50 e Honor 50 SE, os dois primeiros usando o Snapdragon 778G da Qualcomm, de gama média / alta. Entre si partilham também a câmara principal de 108 MP.

O mais acessível é o novo Honor 50 SE que usa o processador Dimensity 900 da MediaTek. Todos os smartphones usam também um ecrã com alta taxa de atualização a 120 Hz e taxa de registo do toque até 240 Hz para maior fluidez.

A Honor terá quatro gamas de smartphones

O CEO revelou ainda que a sua marca colocará quatro gamas de smartphones no mercado. Teremos a gama Magic, a série Digital, a série X e, por fim, a linha Play.

A mais avançada será a gama Magic onde repousarão as tecnologias mais avançadas. A gama X e Play será apontada para o segmento de gama média e gama de entrada, respetivamente. Por fim, a linha Digital terá as suas ofertas de gama média / alta.

Recordamos, por fim, que a Honor é independente da Huawei desde meados de 2020. Agora, quer ultrapassar não só a sua antiga casa mãe como também a gigante norte-americana, Apple. Para tal, tem já uma estratégia bem delineada.

Se o conseguirá ou não, só o futuro o dirá.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.