O Honor Magic7 Lite herda o processador do antecessor, mas brilha noutros pontos. Tem um ecrã brilhante e fluido, design robusto e diferenciado e uma autonomia líder do segmento. Embora não seja o mais potente na sua faixa de preço, é seguramente o que tem autonomia para mais tempo de utilização.
O Honor Magic7 Lite foi lançado em Portugal no início de 2025 como a mais recente aposta da fabricante chinesa no segmento de gama-média. O aparelho chegou a nosso país por 399,99 € numa única configuração de 8 GB de RAM e 512 GB de armazenamento.
O Magic7 Lite é uma aposta de peso da Honor no segmento de gama-média, com uma proposta que parece apostar no design, durabilidade e numa bateria de maior capacidade. Mas como se porta no dia a dia? Testei-o durante as duas últimas semanas e neste artigo conto-te o que achei.
Unboxing
O unboxing do Honor Magic7 Lite vai ao encontro do que a sua caixa nos faz suspeitar: é simples e direto. Um pouco como a maioria dos smartphones vendidos em 2025, na caixa vem o smartphone, um cabo de carregamento USB-A para USB-C e a ferramenta para ejetar o cartão SIM. Como poderás suspeitar, não há carregador incluído na caixa.
Design e construção
Esta é uma das áreas onde a Honor mais se esmerou com o Magic7 Lite. Embora seja um equipamento de gama-média, chega com a tecnologia Ultra-Bound Honor 2.0. Na prática, afirma-se resistente a quedas de 2 metros e suporta 3000 ciclos de fricção com lã de aço.
Em alguns dos vídeos promocionais da Honor, vimos mesmo ingredientes a ser cortados em cima do smartphone. Lamento desapontar-te, mas não fiz esse tipo de teste. O que posso dizer é que o smartphone me deu um sentimento de grande robustez durante todo o uso.
De realçar que tem também certificação IP64, que lhe confere uma resistência à água em três camadas, que promete proteger o equipamento contra jatos a 360º. Consegue tudo isto com uma excelente ergonomia, fruto da sua espessura de 7,98 mm e peso de apenas 189 gramas.
É um equipamento bastante agradável de usar, que assenta bem na mão e não é escorregadio. O design é apelativo e uma proposta diferenciada no aspeto circular da sua ilha de câmaras. Goste-se ou não se goste deste design, destaca-se da multidão dentro do seu segmento de preço. O sensor de impressões digitais ótico funciona como esperado: sem erros a realçar.
Ecrã e áudio
O ecrã é outro grande destaque no Honor Magic7 Lite. Na senda dos seus topos de gama, a Honor aposta num ecrã AMOLED de grande qualidade para este smartphone, com foco no brilho e na proteção ocular dos utilizadores.
Chega com um painel curvo, que pode agradar a alguns utilizadores e desagradar a outros. Aos que agrada, acaba por fornecer a já referida melhor ergonomia. Aos que não agrada, mais facilmente notarão alguns reflexos nas extremidades, que pouco me incomodaram.
Certo é que este painel AMOLED de 6,78 polegadas é excelente para a reprodução de qualquer tipo de conteúdo. Tem boas cores para veres as tuas séries favorita e a fluidez própria de um painel com taxa de atualização dinâmica até 120 Hz para navegar nas redes sociais.é
Onde podes esperar qualidade é também no desempenho no exterior. A marca apostou num pico de brilho de 4000 nits, que lhe confere uma boa usabilidade mesmo com bastante luz a incidir. As margens são bastante finas, o que lhe dá o aspeto que um smartphone nesta faixa de preço deve possuir.
Ainda no ecrã encontramos um sensor de impressões digitais ótico. Não é tão rápido como o do Honor Magic7 Pro (que é ultrassónico), mas é rápido e preciso o suficiente. Tem também desbloqueio facial disponível, para os utilizadores que prefiram essa opção de desbloqueio.
Desempenho
O processador do Honor Magic7 Lite é provavelmente a parte menos exuberante deste smartphone. É que este é o Snapdragon 6 Gen 1, o mesmo processador que já comandava o Magic6 Lite, lançado pela Honor no ano passado.
É um processador de 4 nanómetros que não impressiona nos números no Geekbench 6, como podes ver pela pontuação que partilho abaixo. Mas há que destacar a realidade: a Honor parece ter usado aqui alguma ‘magia negra’, pois o smartphone é bastante fluido e porta-se bem nas mais variadas tarefas.
Seja a usar mais que uma aplicação em simultâneo, a jogar Pokémon GO ou em tarefas mais corriqueiras, o Magic7 Lite portou-se lindamente. Só deves ter em conta que não é um processador para jogares jogos pesados nas definições máximas. Mas tendo em conta o processador que é, fiquei impressionado com a otimização conseguida pela marca. Contudo, gostaria que a marca tivesse colocado um processador mais recente neste modelo.
Interface
Um ponto importante, no caso do Magic7 Lite, é que a marca promete quatro anos de atualizações de software e seis anos de atualizações de segurança. No entanto, deves ter em conta que isso será já a contar com a atualização para o Android 15. É o que equipamento ainda chega com a MagicOS 8 e Android 14 de fábrica.
A MagicOS é das interfaces para Android mais estáveis e fiáveis que tenho usado. Pese embora o facto de trazer bloatware desnecessário, é possível desinstalar a maioria após a configuração inicial. Será algo a corrigir para futuros modelos, numa interface que não apresenta erros que se possam assinalar.
Embora seja um gama-média, o Magic7 Lite também tem acesso a funções de IA da Honor, como é exemplo o Magic Portal. Esta é uma forma facilitada de partilhar informação, como texto ou imagens entre apps, apenas com alguns toques. E neste modelo também funciona como esperado: sem problemas.
Câmara
O Magic7 Lite vem com uma câmara principal de 108 MP, acompanhada por uma ultra angular de 5 MP. A grande novidade desta geração é a estabilização ótica de imagem, que ajuda a dar maior estabilidade aos vídeos captados pelo smartphone.
O sensor principal acaba por ser a estrela da companhia, com fotografias de qualidade para a sua faixa de preço. Seja de dia ou de noite, este consegue captar boas fotografias. É claro, não esperes aqui a qualidade de um topo de gama, pois não é isso que entrega.
![Principal](https://cdn.4gnews.pt/imagens/img-20250125-165746.jpg?class=article)
![Principal](https://cdn.4gnews.pt/imagens/img-20250206-173941-1.jpg?class=article)
![Principal, modo noite](https://cdn.4gnews.pt/imagens/img-20250202-184248.jpg?class=article)
![Principal, modo noite](https://cdn.4gnews.pt/imagens/img-20250202-184056.jpg?class=article)
Mesmo no modo retrato até 3 vezes zoom, a qualidade é satisfatória. Embora aí se note que as imagens tendem a rebentar um pouco nos brancos. A ultra angular também providencia imagens decentes, embora não devas esperar a mesma qualidade do sensor principal.
![Zoom 3x](https://cdn.4gnews.pt/imagens/img-20250125-165806.jpg?class=article)
![Modo retrato, 2x](https://cdn.4gnews.pt/imagens/img-20250206-173953.jpg?class=article)
![Modo retrato, 3x](https://cdn.4gnews.pt/imagens/img-20250206-173958.jpg?class=article)
![Ultra angular](https://cdn.4gnews.pt/imagens/img-20250125-161201.jpg?class=article)
À frente, o sensor de 16 MP é surpreendentemente bom para selfies para as redes sociais e videochamadas. Partilhamos também um vídeo captado a 1080p, onde se nota uma boa estabilização, embora se debata um pouco com as luzes e careça de detalhe. A 4K a estabilização deixa um pouco a desejar.
![Frontal, modo retrato](https://cdn.4gnews.pt/imagens/img-20250206-174101.jpg?class=article)
Bateria
A bateria é o ponto onde o Magic7 Lite simplesmente brilha. O aparelho vem com uma capacidade de bateria de 6600 mAh, que o colocou no trono dos smartphones com melhor autonomia para a DxOMark. E os meus testes comprovam isso mesmo.
É dos smartphones com melhor autonomia que já testei. Podes contar com autonomia para um dia inteiro de utilização, mesmo em uso intensivo. Os utilizadores mais leves têm aqui um smartphone com autonomia para 2 dias de utilização sem grande esforço.
O carregamento é um ponto bastante positivo, já que consegue fazê-lo a 66 W. Isto significa que apesar de termos aqui uma bateria extensa, podes contar com um carregamento total feito em cerca de 70 minutos. O que não podes contar com é com o carregador incluído na caixa, que terás de adquirir à parte.
Conclusão
O Honor Magic7 Lite herda o processador do antecessor, mas brilha noutros pontos. Tem um ecrã brilhante e fluido, design robusto e diferenciado e uma autonomia líder do segmento. Embora não seja o mais potente na sua faixa de preço, é seguramente o que tem autonomia para mais tempo de utilização.