A Honor adquiriu recentemente a sua operacional da Huawei em finais de 2020 por acordo mútuo entre as partes. Fê-lo sobretudo com o intuito de escapar às severas restrições impostas pelos Estados Unidos da América (EUA) à empresa de Ren Zhengfei.
Agora, em setembro de 2021, várias das agências de segurança nacional dos EUA aconselham o executivo liderado por Joe Biden a colocar a Honor na mesma lista negra onde jaz a Huawei. Assim, tal como Trump condenou a Huawei, Biden pode condenar a Honor.
Agências de segurança nacional divididas quanto ao risco colocado pela Honor
A notícia foi avançada primeiramente pelo The Washington Post (acesso livre) referindo que não existe ainda consenso sobre o curso de ação mais favorável para os EUA. Isto é, as agências estão divididas atualmente quanto ao real perigo da fabricante Honor.
Ao mesmo tempo, parte do staff do Pentágono e do Departamento de Energia dos EUA quer a "nova" empresa chinesa colocada na lista de entidades barradas de negociar com empresas norte-americanas. A temida lista negra que condenou a Huawei.
Importa frisar que, só na eventualidade de adquirirem licenças especiais é que tais entidades podem continuar a negociar com entidades económicas norte-americanas. Esta ameaça, contudo, foi afastada pelo Departamento de Comércio e Departamento de Estado dos EUA à data de redação deste artigo.
Tal como a Huawei, também a Honor está na mira dos EUA
Atualmente o staff destas entidades e agências de segurança nacional norte-americanas estão divididos relativamente à Honor. Mais concretamente, relativamente à real ameaça à segurança nacional representada pela fabricante chinesa recém independente.
Existem, contudo, vozes preocupadas com as operações da Honor nos mercados internacionais. Mais concretamente, vemos a chefia republicana no departamento de relações exteriores dos EUA a advogar a aplicação de algumas restrições à exportação de tecnologia norte-americana para esta empresa chinesa.
Tal preocupação é baseada no facto de a Honor ser uma empresa apoiada pelo Estado chinês, mais concretamente pelo PCC. Esta realidade também ajudaria a administração Trump a tomar a decisão de colocar a Huawei na lista negra dos EUA em maio de 2019.
Futuro da Honor no mercado dos smartphones Android fica em xeque
Tal como salienta o The Washington Post, a Honor é atualmente detida pela empresa Zhixin New Information Technology. Este agente económico foi formado por dois investidores privados que, também eles, são apoiados pelo governo central da China. Mais concretamente, com laços estreitos com o governo da província de Shenzhen.
São, portanto, vários os argumentos que apontam agora a Honor como novo perigo para os EUA. Por outro lado, as vozes defensoras da marca afirmam que esta não produz nenhum componente base, ou nuclear dos seus produtos. Ademais, nem os seus smartphones e produtos são comercializados atualmente nos Estados Unidos da América.
Desse modo, advogam os defensores da Honor, restringir a sua operação acabaria por prejudicar mais as empresas norte-americanas do que propriamente a China.
Por fim, surgem também outras vozes que defendem a sua colocação na "lista de entidades" pelo facto de a Honor ser uma antiga parte integrante de um "mau ator". Como tal, um possível perigo latente que pode continuar a soldo do PCC.
Até ao momento a Honor não comentou o caso.
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