Tal como refere a Reuters, a Microsoft levantou suspeitas sobre um grupo de hackers que estaria a tentar invadir os sistemas da empresa. O grupo seria, alegadamente, apoiado pela Rússia e o seu nome é Midnight Blizzard. A empresa fundada por Bill Gates acredita que os hackers utilizaram informações roubadas anteriormente, a partir de e-mails corporativos.
O objetivo passaria por aceder a “alguns dos repositórios de código-fonte e sistemas internos da empresa”, tal como a Microsoft denunciou, num documento que foi transmitido à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (via CNN).
A título de curiosidade, o código-fonte da Microsoft tende a ser apetecível para empresas de software malicioso. Isto porque é nele que se encontram os dados mais importantes, acerca do funcionamento de um determinado programa.
A Microsoft já havia denunciado a Midnight Blizzard, em janeiro
Recorde-se que, antes desta queixa por parte da Microsoft, o mês de janeiro já tinha trazido problemas com a Midnight Blizzard. A apropriação indevida de dados ocorreu, praticamente em simultâneo, com a Hewlett Packard Enterprise (HPE), que também foi vítima da mesma empresa que estaria ligada ao estado russo.
Tal como refere a CNN, a HPE alertou, na altura, para o facto dos hackers terem violado os sistemas de e-mail baseados em nuvem. Assim, é possível ver que a Microsoft não é o único visado, ainda que não se conheçam ao certo os motivos por detrás desta atividade ilegal.
De qualquer modo, a mesma fonte de informação aponta que especialistas na matéria relacionam a Midnight Blizzard com grandes campanhas de recolha de dados, em apoio ao Kremlin.
Os hackers terão tido acesso a departamentos de Segurança Interna e Justiça
Existem fortes suspeitas que o grupo de hackers referido estaria a usar software produzido pela SolarWinds. As evidências apontam para a forte possibilidade de estes terem tido, durante vários meses, acesso a contas de e-mail dos departamentos de Segurança Interna e Justiça. Tudo isto, antes de serem descobertos.
As autoridades norte-americanas estabelecem ligação entre estas ações criminosas e a Rússia. A embaixada da Rússia em Washington, por sua vez, não teceu qualquer tipo de comentário sobre a situação.
A situação preocupa a Microsoft, que, numa publicação feita pela própria empresa, dá conta do perigo das informações poderem estar a ser usadas “para acumular uma imagem das áreas a serem atacadas e aumentar a sua capacidade de fazê-lo”.
De qualquer maneira, tal como noticia a Reuters, não existem, de momento, evidências que os sistemas da Microsoft tenham sido comprometidos pelos hackers.