Hackers estão a ficar mais criativos para criar novos vírus e difíceis de detetar

Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Tempo de leitura: 2 min.

Quanto mais as empresas de tecnologia encontram formas de se defender de malwares, mais os agentes de ameaças demonstram até onde a sua criatividade para criar vírus pode ir. É o que aponta uma nova pesquisa sobre o número de malware detetado este ano.

Apesar dos extensos protocolos de segurança, o mais recente Relatório Global de Inteligência de Ameaças da BlackBerry registou o maior aumento trimestral já documentado de ameças de malware exclusivas detetadas e bloqueadas.

Criar um malware exclusivo aumenta as chances de sucesso

imagem avermelhada que mostra um computador cercado por palavras como malware, hacker e vírus
Imagem: Shutterstock / janews

De acordo com o relatório da BlackBerry, entre abril e junho de 2024, a empresa detetou e bloqueou uma média de 11.500 amostras únicas de malware diariamente. Os números representam um aumento de 53% em comparação ao período de janeiro a março.

Os dados apontam ainda que criar um malware exclusivo aumenta as chances de sucesso. Malwares exclusivos são aqueles softwares maliciosos projetados para atingir um objetivo particular, em vez de vários. Desta forma, são mais capazes de evitar deteção por ferramentas de segurança convencionais.

“Isso sinaliza que esses grupos estão a alocar os seus recursos para priorizar o impacto dos ataques em vez do volume absoluto [...] Além disso, pequenas alterações num pedaço de malware podem não parecer muito sofisticadas, mas contribuem para um aumento esmagador no sucesso e na gravidade dos ataques”, explicou Ismael Valenzuela, vice-presidente de pesquisa e inteligência de ameaças da Blackberry, conforme noticiado pela página TechRadar.

Dados privados continuarão a ser o alvo

Em termos gerais, 3,7 milhões de ataques cibernéticos foram interrompidos pelas ferramentas de segurança da BlackBerry neste período, o que seria em torno de 43.500 por dia, um aumento de 18% em relação ao trimestre anterior.

Alvo de 800 mil desses ataques, a infraestrutura crítica continua a ser a mais visada pelos agentes maliciosos, com 50% dos malwares concentrados no setor financeiro, o que representou um aumento de 10% em relação aos 3 meses anteriores.

Para Ismael Valenzuela, o aumento registado entre abril e junho reflete um cenário no qual os novos agentes de ameaças surgiram enquanto os antigos ainda sobrevivem às tentativas de derrubada. Grupos emergentes como BlackSuit ou Space Bears merecem grande cautela da indústria de segurança cibernética, apontou a empresa.

Dados privados continuarão a ser o alvo número um desses ataques, conforme alerta a BlackBerry.

Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Sabryna trabalha com comunicação há mais de dez anos e especializou-se a produzir conteúdos e tutoriais sobre aplicações e tecnologia. Consumidora de streamings e redes sociais, adora descobrir as novidades do mundo.