O mercado das assistentes virtuais continua a crescer, com as principais empresas do ramo a introduzirem mais tecnologias de IA. Contudo, a Alexa é uma das ausentes mais notadas no ramo e não é por acaso.
Documentos internos da Amazon a que a Fortune teve acesso justificam o atraso no lançamento da Alexa com IA. Tais documentos destacam algumas falhas críticas na nova Alexa que impedem a Amazon de a disponibilizar aos utilizadores.
Alexa ainda é lenta a responder
A lentidão sentida no processamento de tarefas da nova Alexa continua a atrasar o seu lançamento para o público. Testes de satisfação à tecnologia revelaram um cenário longe dos padrões que a gigante norte-americana pretende para a sua assistente virtual.
A Amazon terá definido uma pontuação de satisfação mínima de 5,5 em 7 possíveis. Contudo, aqueles que já tiveram a oportunidade de testar esta nova Alexa atribuíram uma pontuação média de apenas 4,57.
As notas abaixo do esperado devem-se sobretudo à lentidão apresentada pela IA na resposta aos comandos dos utilizadores. Esta latência evidente tem retraído os utilizadores e a própria Amazon.
Outro dos problemas detetados nesta fase de teste é a aparente incompatibilidade da Alexa com dispositivos mais antigos. Se para muitas empresas isso seria facilmente resolvido com requisitos mínimos, a Amazon olha para o problema de outra forma.
A gigante norte-americana teme que a necessidade de adquirir um dispositivo novo faça com que os utilizadores sintam que foram excluídos de algo que aguardam há bastante tempo. Uma posição que, a ser verdade, é bastante nobre da parte da empresa.
Nova versão da Alexa terá mais funcionalidades
Os mesmos documentos dizem ainda que a Amazon quer trazer mais funcionalidades para a Alexa com IA. Uma delas será a compatibilidade com serviços parceiros da empresa como GrubHub, Ticketmaster e Uber.
Embora estes serviços já tenham alguma integração com a Alexa, a Amazon quer que a sua assistente faça mais por si só. Ou seja, que ela seja capaz de executar algumas tarefas sem ter de recorrer a aplicações terceiras.
Este tipo de operação requer também uma maior fiabilidade por parte da Alexa. Uma coisa é a assistente reproduzir uma música errada, outra é gastar o teu dinheiro na compra de um produto diferente daquele que desejas.
Em suma, a Alexa com IA ainda não cumpre com todos os requisitos definidos pela Amazon. Deste modo, a empresa continua a adiar o seu lançamento até que tudo esteja conforme desejado. Veremos se será em 2025 que a empresa lance finalmente a próxima era da sua assistente virtual.