A tecnologia continua a evoluir e é possível que tenhamos novidades sobre Saturno e Urano. Isto porque há uma equipa de astrónomos que se está a preparar para saber mais sobre a aurora boreal do primeiro planeta referido. Como é que isso será possível? Através de um telescópio altamente especializado.
De acordo com a BBC, um conjunto de estudiosos utilizará o Telescópio James Webb (JWST) para compreender porque é que se observam luzes no norte de Saturno. A mesma fonte revela ainda que o JWST servirá para observar Urano.
Mais do que uma simples observação, é possível que a pesquisa “molde fundamentalmente a nossa compreensão” acerca destes dois planetas. Pelo menos, é o que considera o Dr. Henrik Melin, da Escola de Física da Universidade de Leicester.
Como refere a mesma fonte de informação, a aurora boreal deve-se a uma junção de partículas altamente carregadas e energéticas. Depois, estas colidem com a atmosfera de um planeta, por intermédio do seu campo magnético.
Estudioso da Universidade de Reading compara o nosso campo magnético a um escudo
Na tentativa de explicar o fenómeno, o Dr. James O'Donoghue, da Universidade de Reading, compara o nosso campo magnético a uma espécie de escudo. Este explica que o vento solar “bate” nesse escudo, entrando assim partículas na atmosfera. Ao entrar, as partículas proporcionam um fenómeno ótico nas zonas polares.
De qualquer forma, a ciência ainda não entende bem as origens da aurora de Saturno e Urano. No caso de Urano, persiste uma dúvida: afinal, a aurora é causada pelo vento (como na Terra), por questões internas dentro do planeta (como em Júpiter) ou por algum outro motivo?
Outra “esperança secreta” que O’Donoghue confessa aos colegas relaciona-se com a rotação dos planetas. O estudioso da Universidade de Reading acredita que poderá obter mais informações sobre esse tema.
De acordo com a BBC, o estudo vai passar um dia em Saturno e em Urano. Contudo, ainda é preciso esperar pelas observações. Em Saturno, espera-se que estas aconteçam no fim de 2024. Em Urano, só a partir de 2025.