Este ano, a Google foi orbigada a pagar uma multa astronómica à Comissão Europeia, e com essa multa chegaram ordens para deixar de obrigar as fabricantes a pré-instalar as suas aplicações em qualquer smartphone Android.
Há alguns dias foi noticiado que estas medidas iriam ser aplicadas muito em breve, e que a empresa de Mountain View iria começar a cobrar as fabricantes para poderem instalar as suas aplicações.
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Agora, pela primeira vez, ficou-se a saber qual será o valor do "pacote de aplicações" Google para as fabricantes na Europa. De acordo com as informações publicadas pelo The Verge, a Google vai cobrar até 35 euros por smartphone Android.
Este é um valor extremamente elevado, não há qualquer dúvida quanto a isso. Imaginemos que uma fabricante vende 1 milhão de unidades em mercados europeus, a Google vai receber uma "modesta" quantia de 35 milhões de euros.
Prepara-te para pagares mais pelo teu novo smartphone Android já em 2019
Os valores não são fixos para todos os smartphones, estando divididos em várias categorias tendo como guia o nível de ppi (densidade de píxel por polegada) dos seus ecrãs. Os valores vão também variar entre os vários países, por isso iremos referir apenas os valores mais elevados.
Na primeira categoria estão smartphones com um ppi superior a 500 com um custo de 35€. Em segundo lugar a categoria entre 400 e 500 ppi com um preço de 17€ para licenciar aplicações Google e em terceiro a categoria a baixo dos 400 ppi com um preço a rondar os 9€.
No entanto, a Google preparou uma outra alternativa para as fabricantes não precisarem de pagar estes valores para poderem instalar as suas aplicações. Caso as fabricantes concordem em pré-instalar o Chrome e Google Search em cada smartphone Android, a empresa de Mountain View irá encarregar-se de "pagar" pelas taxas de licenciamento das suas aplicações.
Outra forma de "incentivo" é o fato de que fabricantes que não instalarem estas duas aplicações nos seus smartphones, vão deixar de receber qualquer tipo de receita proveniente da utilização do sistema de busca por parte dos seus utilizadores.
Novas medidas da Google na Europa poderão abrir portas à desejada concorrência no Android
Ainda assim, estas poderão não ser tão más novidades quanto parece. Não será de estranhar que grande parte das fabricantes acabem por realizar acordos com a Google para que consigam ter o seu pacote de aplicações nos seus smartphones. No entanto, uma vez que vai deixar de ser obrigatório, poderá abrir as portas à tão desejada competição.
Tal como o Filipe Alves referiu ontem, o sistema Android tem praticamente o monopólio do mercado dos smartphones. Hoje em dia, se fores a uma loja de telemóveis vais ter duas escolhas, Android ou iPhone.
Com estas alterações nas políticas da Google, as fabricantes têm as portas abertas para apostarem no desenvolvimento das suas próprias lojas de aplicações. Ou então acabar por optar por instalar outras já existentes nos seus smartphones. Uma das mais populares alternativas à Google Play Store é a Aptoide. Uma loja de aplicações portuguesa que certamente vai tentar tirar o máximo proveito destas alterações.
Outra possível consequência destas novas medidas. É a possibilidade de desenvolvimento de novos sistemas operativos que possam eventualmente vir a competir com o Android. Num mercado extremamente competitivo, apenas podemos ver produtos concorrentes com bons olhos. Uma vez que vai garantir que todos continuem a batalhar por ser o número 1. Com isso, os utilizadores vão sempre sair a ganhar.
Por fim, estas novas regras da Google irão começar a entrar em vigor já no próximo dia 1 de fevereiro de 2019. Por isso, os primeiros topo de gama Android do próximo ano já devem ser afetados pelas novas taxas de licenciamento.
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