Google processada por discriminar homens brancos e conservadores

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 4 min.

Enquanto publicação líder no ramo da tecnologia, na 4gnews acompanhamos com atenção todas os tons de cinza que por vezes assombram este ramo. Depois de aqui termos dado a conhecer o polémico manifesto contra a igualdade de género na Tecnologia, temos agora um novo capítulo. Agora, temos a Google processada por alegada discriminação contra homens brancos conservadores.

O caso, algo insólito passa-se nos Estados Unidos da América e tem como parte interessada o autor do controverso memorando. Publicado no passado mês de agosto defendia uma aparente cessação das políticas de igualdade de género no mundo da tecnologia. Isto, em nome da produtividade neste ramo competitivo.

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Agora, o norte-americano James Damore, antigo funcionário da Google que perdeu o seu posto perante a publicação do dito memorando, leva a sua causa junto dos tribunais. Hoje, deu entrada num tribunal de instância superior uma petição inicial. Aí, temos a Google processada com base na discriminação contra homens brancos e conservadores.

Google processada por autor de manifesto contra a igualdade de género na Tecnologia

Esta é mesmo a sua tese central. Damore quer ver a Google processada pela aplicação de uma sistemática e prolongada descriminação contra elementos do sexo masculino. Em suma, contra homens brancos e tipicamente conservadores.

James Damore era um dos engenheiros da Google até ter publicado o seu manifesto. Aí, questionava os benefícios práticos dos programas de inclusão de elementos do sexo feminino neste ramo. O caso foi exposto pela publicação aqui, na íntegra.

Agora, nesta nova litigância, situação em que uma questão está entregue aos tribunais. Isto para apreciação e decisão do caso, Damore e outro engenheiro que também foi despedido alegam que: "Funcionários que expressem opiniões e inclinações que se desviem da ideologia dominante na Google em questões políticas suscitadas dentro do ambiente de trabalho. Mais ainda sendo relevantes para as políticas de recrutamento da Google e para todo o seu negócio, como por exemplo as políticas de diversidade na contratação, estão sujeitas a um pesado jugo caso alguém ouse discordar delas".

Google processada por 2 ex-funcionários, 2 homens brancos e conservadores:

Em suma, caso alguém se revele demasiado conservador e expresse os seus pensamentos, será isolado, discriminado, maltratado e sistematicamente punido. O resultado, invariavelmente sendo o seu despedimento, algo contrário aos princípios legais.

Os advogados e representantes legais de James Damore e de outro engenheiro, David Gudeman, submeterem hoje a petição inicial do processo junto do tribunal de Santa Clara, no estado norte-americano da California. Visam também representar outros ex-funcionários cujos direitos terão sido lesados.

Sendo especialmente dura na sua postura para com homens brancos conservadores - de acordo com os representantes legais, a Google é assim processada. Esta petição inicial contem dezenas de páginas com comunicados internos da Google. Documentos que, segundo o processo, demonstram a postura severamente discriminatória de homens brancos conservadores.

Homens brancos conservadores terão sido alvo de descriminação

Apesar de esta generalização "Homens brancos conservadores" ser no mínimo questionável e alvo de debate em vários dos exemplos que terão sido utilizados. A decisão, fica agora entregue ao tribunal.

De acordo com Sundar Pichai, CEO da Google, "A sugestão de que um grupo dos nossos colegas possuem características que os tornam geneticamente inaptos ao desempenho de certas tarefas é ofensivo e não é aceitável". Declarações feitas numa circular interna após a demissão de James Damore.

Para além de James Damore, também David Gudeman foram despedido anteriormente, em 2016. Terá feito comentários acerca de uma colega de trabalho muçulmana. De acordo com o caso, o departamento de recursos humanos da Google terá dito que os comentários feitos por Gudeman ligavam a colega ao terrorismo.

O processo não contém a transcrição na íntegra da conversa. Contudo, este sugere que Gudeman terá afirmado, após a colega ter sido investigada pelo FBI que, "o FBI pode ter encontrado algo interessante". Em causa estaria uma viagem da funcionária ao Paquistão.

O caso fica agora entregue ao tribunal americano

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Entretanto a Google está também a combater as alegações de que as mulheres estariam sistematicamente a receber menos do que os homens. Conservadores ou não, estariam a ser favorecidos na remuneração. O caso está longe de estar encerrado e será acompanhado com atenção aqui na tua 4gnews.

Qual a tua opinião sobre todo este novo caso?

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.