Google tem novas medidas para combater a fragmentação do Android

Vitor Urbano
Vitor Urbano
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Depois de receber uma sem precedentes de mais de 4 mil milhões de euros por ter violado leis europeias de "anti monopólio", a Google está a tomar medidas drásticas no Espaço Económico Europeu (EEE).

Tal como anunciado na semana passada, todas as fabricantes que operem no EEE vão ter de começar a pagar uma taxa para licenciar as aplicações da Google nos seus smartphones Android. Estas taxas podem chegar a valores de até 35 euros por unidade.

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Após terem sido publicadas as primeiras notícias sobre as novas medidas da Google, o The Verge conseguiu ter acesso a uma cópia de um dos contratos a ser enviados para as fabricantes. Acabando por revelar mais alguns detalhes bastante interessantes.

Embora estes contratos estejam apenas a ser enviados para fabricantes que comercializam os seus smartphones no EEE, certamente que vários detalhes poderão vir a ser aplicados a nível global.

Google poderá tentar reduzir fragmentação do Android com novas medidas na Europa

Para além de detalhar o valor que será cobrado para que as fabricantes possam colocar as aplicações da Google nos seus smartphones Android, o contrato revela outras obrigações que vão agradar os utilizadores.

A empresa de Mountain View deixa regras bastante claras quanto à obrigatoriedade de garantir atualizações para os seus smartphones. De acordo com o contrato obtido pelo The Verge, as fabricantes vão ter de garantir atualizações de segurança pelo menos durante 2 anos e com uma frequência mínima de 3 meses.

Muitas fabricantes acabam por "abandonar" os seus smartphones, por vezes apenas alguns meses após o seu lançamento. Especialmente quando não conseguem alcançar o número de vendas desejado. Acabando por deixar milhares de utilizadores com um smartphone desatualizado quanto ao sistema Android e contribuindo para a sua fragmentação.

É importante realçar que este novo contrato apenas se aplica a fabricantes que comercializam os smartphones no Espaço Económico Europeu. No entanto, não seria de estranhar que a empresa acabasse por expandir estas regras para os restantes mercados.

Certamente que esta seria uma boa estratégia para tentar reduzir a grande fragmentação do ecossistema Android. Especialmente se considerarmos que este é um dos grandes problemas que sempre perseguiu o sistema operativo da Google.

Para as fabricantes que não cumprirem com estas regras, poderão acabar por ser obrigadas a abandonar o mundo Android. A Google informa que caso uma fabricante não cumpra com o seu contrato, poderão recusar/atrasar a certificação de futuros dispositivos.

Por isso, o mais provável é que as fabricantes de smartphones Android comecem a mostrar uma maior preocupação na atualização dos seus smartphones. Por fim, este contrato vai entrar em vigor a partir de 31 de janeiro de 2019.

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Vitor Urbano
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Sempre de mão-dada esteve a tecnologia, o desporto e o mundo gaming. Por isso, se não estiver a escrever sobre o que de novo há no mundo da tecnologia, o mais provável é estar a jogar uma partida de Ultimate Team no FIFA 19.