Google+ será encerrado na sequência de novo escândalo de segurança

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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Nos últimos tempos a segurança dos dados dos utilizadores nas redes sociais tem estado na ordem do dia, e pelas piores razões. De facto, têm sido vários os escândalos a envolver práticas desaconselháveis da parte destas entidades. Agora temos mais um caso, desta feita a envolver a rede social Google+.

Em primeiro lugar, importa contextualizar um pouco a presença do Google+ neste meio. A rede social da empresa de Mountain View surgiu em 2011 como resposta ao Facebook e Twitter. No entanto, a sua popularidade nunca chegou aos níveis das anteriores, tornando-a numa rede social de nicho.

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Se a sua imagem já não era a mais favorável no seio da comunidade, muito menos depois das notícias de hoje. De acordo com o foi referido inclusive pela própria empresa, o Google+ possuiu um falha de segurança que comprometeu os dados de vários utilizadores.

Estas informações foram noticiadas, num primeiro instante, pelo The Wall Street Journal e posteriormente confirmadas pela própria Google. Em ambos os casos temos a mesma informação, no entanto, com algumas variações.

Google+ não assegurou os dados de cerca de 500.000 utilizadores

Com efeito, a falha em causa comprometeu parte dos dados de cerca de 500.000 contas do Google+. Os dados comprometidos incluem nomes, emails, idades, género e ocupações quando estes deveriam permanecer privados.

Apesar dos utilizadores lesados terem definido nas suas contas que tais informações não deveriam ser visíveis para o público, tal não fora cumprido. Qualquer um que visitasse os perfis lesados teria acesso a estas informações.

No entanto, a Google não tem conhecimento de que esta vulnerabilidade tenha sido usada de forma mal-intencionada. Não há provas de que terceiros tenham tido acesso à API em causa e daí retirado uso malicioso dos dados. Ainda assim, trata-se de uma falha de compromisso entre a empresa e os seus utilizadores.

Ainda de acordo com as notícias que são conhecidas, esta falha esteve operacional entre 2015 e 2018. Só na primavera deste ano é que a responsável pelo Google+ tomou conhecimento da mesma.

Os motivos que levaram a que esta notícia fosse divulgada apenas hoje é que diferem de fonte para fonte. De um lado temos o The Wall Street Journal a afirmar que a Google não deu conhecimento desta falha por medo do escrutínio das entidades reguladoras e dos danos à sua reputação.

Por outro lado, a empresa de Mountain View refere que tal deveu-se à celeridade na sua correção - cerca de duas semanas - e pela não existência de provas do uso mal intencionado dessa vulnerabilidade.

Como resultado de mais este escândalo, a empresa norte-americana deu a conhecer que a vertente de consumidor do Google+ será encerrado nos próximos meses. Não sabemos ao certo que partes da rede social serão mantidas ativas.

Este processo de encerramento será levado a cabo de forma faseada. Assim sendo, tudo deverá estar devidamente encerrado em agosto do próximo ano.

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Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.