Google é processada por invadir a privacidade dos utilizadores

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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Google e privacidade são duas palavras constantemente associadas, mas nem sempre pelas melhores razões. Um cenário que acaba de repetir-se com a empresa americana a enfrentar um processo legal devido a esta temática.

A queixa foi apresentada pelo procurador-geral do estado norte-americano Washington DC. Uma vez mais, são as práticas de rastreamento da localização dos utilizadores Google a gerar dúvidas legais.

Google acusada de não eliminar localização dos utilizadores mesmo que estes o solicitem

Na origem desta ação legar está a deslealdade da Google para com os utilizadores e os seus dados de localização. Pese embora a empresa promova a possibilidade de os utilizadores desativarem essa função, a empresa é acusada de a manter ativa.

Ou seja, Karl Racine alega que a Google continua a monitorizar a localização dos seus utilizadores mesmo quando estes revogam essa permissão. Trata-se de um ato potencialmente lesivo para o utilizador e violador de uma das leis de proteção ao consumidor naquele estado.

"A Google leva os consumidores a acreditar que eles têm o controlo sobre se a Google recolhe e retém informações sobre a sua localização e como essas informações são usadas. Na realidade, os consumidores que usam os produtos da Google não podem impedir ela de coletar, armazenar e lucrar com a sua localização."

Este procurador-geral americano vai mais longe e alega que a Google guia os seus consumidores por caminhos obscuros. A ideia é que estes consintam essa recolha de dados, algo que ele considera ser danoso para os utilizadores.

Esta não é a primeira vez que a Google se vê envolvida em controvérsia pelas suas práticas relativamente aos dados de localização. Em 2018, um jornalista da Associated Press reportou que a localização permanecia ativa independentemente da decisão do utilizador.

Há data, este jornalista alegou que entre 2014 e 2019 essa informação permaneceu armazenada numa base de dados. Embora a Google faculte efetivamente a eliminação desses dados, o processo não é acessível.

Mais recentemente, em 2020, foi submetido no estado do Arizona uma ação judicial para a Google reembolsar aos utilizadores os lucros obtidos em publicidades. Um pedido motivado novamente pela falsa crença de terem essa opção desativada.

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Carlos Oliveira
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No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.