A Google prepara-se para construir um cabo de fibra ótica submarino que ligará África à Austrália. Este será o primeiro do género a unir estes dois continentes, expandindo assim a influência da empresa na rede de internet mundial.
Com a implementação deste cabo de fibra ótica, a Google almeja resolver os problemas frequentes de falha de internet em vários países africanos. Ao reclamar a solução para este problema, a empresa norte-americana assumirá um papel de maior relevância nesta parte do mundo.
"Umoja" é o nome do cabo de fibra ótica que ligará África ao país mais popular da Oceania
Umoja é o nome que a Google escolheu para apelidar o seu mais recente cabo de fibra ótica submarino. Este terá uma implementação hibrida, o que significa que percorrerá parte do seu trajeto em terra e o restante no oceano.
"O Umoja permitirá que os países africanos se conectem de forma mais confiável entre si e com o resto do mundo. Estabelecer uma nova rota distinta das rotas de conectividade existentes é fundamental para manter uma rede resiliente para uma região que historicamente sofreu interrupções de alto impacto."
A primeira parte do Umoja liga por terra o Kenia à África do Sul, passando por países como a República Democrática do Congo, Uganda, Zâmbia ou Zimbabué. Esta parte de projeto já está concluída, graças a uma parceria com a empresa Liquid Intelligent Technologies.
Agora vem a parte mais complicada desta empreitada, que passa por ligar África e a Austrália por meio submarino. Contudo, a Google ainda não forneceu um calendário oficial para a conclusão deste projeto.
Ainda assim, um porta-voz da empresa americana confidenciou à TechCrunch que este projeto poderá demorar cerca de três anos a ser concluído. Com efeito, a expectativa é que este cabo de fibra ótica esteja concluído em 2027.
Este não é, no entanto, o primeiro cabo de fibra ótica submarino que a Google desenvolve. Por exemplo, em 2019, a empresa anunciou o lançamento do projeto para o cabo Equiano que liga Portugal à África do Sul.