O Google Chrome é o browser mais popular do mundo com mais de 60% de quota de mercado de acordo com a Statista. O Safari, por sua vez, conta com perto de 20%, estando nativamente presente nos computadores macOS da Apple e nos iPhone.
Ambos os navegadores permitem aceder à Internet, mas fazem-nos de modo distinto, sobretudo no que à gestão dos recursos diz respeito. Segundo um estudo efetuado pela Flotato, o Chrome usa em média mais 10x mais memória RAM numa situação normal.
O Google Chrome usa entra 10x a 24x mais memória RAM que o Safari
O teste foi levado a cabo por Morten Just após sentir que o seu computador estava sobrecarregado, quente e com a ventoinha sempre a funcionar. Posto isto, ao fechar os separador do Chrome apurou que o computador Mac voltou a ficar silencioso e a operar normalmente. Supondo que o "problema" era gerado pelo navegador da Google deciciu efetuar alguns testes.
A metodologia usada consistiu em fazer uma instalação limpa do macOS numa máquina virtual, usando dois separadores - 2 no Chrome e 2 no Safari - como ponto de comparação e medindo o seu consumo de recursos.
O sistema operativo usado foi o macOS Big Sur, com as extensões desativadas em ambos os navegadores. Já para o teste de stress e pressão, usou um total de 54 separadores abertos em ambos os navegadores - Google Chrome e Safari.
2 separadores abertos, 10x mais RAM ocupada pelo Chrome
A primeira ronda de testes visou simular uma utilização banal dos navegadores. Para tal abriu o Twitter e depois o Gmail no Chrome e no Safari, apurando a ocupação da memória RAM por cada um dos browsers, com os resultados acima apresentados.
O investigador aponta que o Google Chrome chega a ocupar 1 GB de memória RAM ao ter 2 separadores abertos. Enquanto isso, o Safari fica-se pelos 80 mb. A taxa de ocupação do CPU reflete o mesmo cenário com o Chrome a exigir mais da máquina.
Com 54 separadores o Google Chrome exige até mais 24x mais RAM
A ronda mais exigente nos testes entre o Google Chrome e o Safari num computador macOS consistiu em 54 separadores abertos em ambos os navegadores. As conclusões apontam um consumo exacerbado do navegador da Google, até mais 24x.
Isto é, por separador aberto o Google Chrome exigia até 24x mais memória RAM, algo que, escalado por 54 separadores, representa uma grande sobrecarga da máquina face à mesma tarefa executada pelo Safari.
Com efeito, no teste de stress cada separador aberto no Chrome exigia 290 MB. No que lhe concerne, o Safari exigia 12 MB.
O real impacto do Chrome e do Safari em computadores macOS
O investigador alerta para o facto de estes números poderem assustar o utilizador comum. Sublinhando que os recursos da máquina estão lá para ser usados e que o Google Chrome é efetivamente rápido, certo é que isto provoca um maior aquecimento.
O problema real reside na utilização comum dos navegadores num computador. Se, por si só não há perigo em usar e abusar do Chrome, o mesmo não se verifica quando temos várias apps abertas além dos navegadores de Internet.
Particularmente aplicações e programas exigentes como o Photoshop, Sketch, ou o Final Cut Pro. Nessas instâncias a utilização acumulada de memória RAM gera um maior stress na máquina e provoca um aquecimento exacerbado do computador.
Por outro lado, de acordo com os testes efetuados, tanto o Google Chrome como o Safari - testando apenas os browsers - provocam um aquecimento similar do computador. Aliás, no teste o Safari aqueceu um pouco mais o computador do que o Chrome.
Por fim, nos seus testes o investigador usou um Macbook 16" de 2019 com o processador Intel Core i9 com 32 GB a 2667 MHz DDR4 RAM e uma gráfica AMD Radeon Pro 5500M com 8 GB.
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