Google acabará com o seu Project Tango em Março

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Lançado oficialmente pela Google em fevereiro de 2014 como parte da sua nova ramificação e aposta na Realidade Aumentada (AR), o Project Tango tornou-se bem conhecido. Não só pelo seu sonante nome mas também pelos frutos que ia criando. Note-se que em 2014 o conceito de realidade virtual e realidade aumentada ainda eram pouco difundidos fora da comunidade tecnológica, algo que a Google ajudou a mudar.

O Project Tango visava desenvolver novos sistemas e novas aplicações para a Realidade Aumentada em dispositivos móveis. Sobretudo em smartphones. Agora, em dezembro de 2017 a tecnológica de Mountain View, California, anunciou que iria deixar de suportar esta iniciativa a partir do dia 1 de março de 2018.

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Significará isto que a Google dirá adeus à sua exploração e desenvolvimento de toda a vertente de realidade aumentada? Não. Bem pelo contrário aliás. A Google redobrará os esforços nesta área ao apresentar o Google ARCore, uma nova iniciativa que visa apostar mais no software para os mecanismos de realidade aumentada e não só no desenvolvimento de hardware como era o caso do Project Tango.

Google coloca um ponto final no Project Tango em Março

Em suma, toda a plataforma Project Tango será integrada no novo ARCore (núcleo de realidade aumentada). A partir daí desenvolverão novos produtos, novas aplicações (software) e certamente novos suportes físicos para essas mesmas apps.

O Project Tango teve o seu auge em junho de 2016. Altura em que a Lenovo apresentou o seu Phab2 Pro, o primeiro smartphone do mundo a integrar as capacidades de realidade aumentada da Google.

Era (e é), um enorme phablet. Com ecrã ou tela de 6.4 polegadas o dispositivo trouxe um total de 3 câmaras na sua traseira. Este trio utiliza uma câmara de 16MP RGB (cores), um sensor de profundidade e um sensor para acompanhar os movimentos do objecto. O resultado? Um smartphone capaz de interagir com o mundo real e explorar o potencial da realidade aumentada. Para tal socorria-se de várias aplicações incluídas no dispositivo.

Entretanto, já em 2017, a Asus lançou o seu ZenFone AR, um novo dispositivo capaz de suportar as funcionalidades do Project Tanto e o Google DayDream. Este era bem mais poderoso e já trazia o processador Qualcomm Snapdragon 821.

Contudo, usufruiu de pouca procura e foi rapidamente descontinuado. Apesar disso, trazia uma câmara principal de 23MP, um sensor Sony IMX 318. Contava ainda com um ecrã de 5.7 polegadas Super AMOLED com resolução Quad-HD.

Agora, com a Google a concentrar-se no ARCore, o software será o principal "motor" ou vetor de evolução da Realidade Aumentada (AR) e podemos esperar que a tecnológica tente implementar algumas das suas mais valias nas próximas versões do sistema operativo Android.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.