Já não é a primeira vez que Ren Zhengfei, fundador da Huawei, nos dá exemplos relacionados com a Apple. O CEO e fundador da empresa chinesa referiu no passado que a Apple é "o seu professor e mentor". Algo que não é nada habitual ver num mundo cheio de concorrência.
Hoje temos um novo exemplo dessa admiração. Em entrevista ao Financial Times, Ren Zhengfei referiu que a Apple é um exemplo a seguir no que toca à privacidade dos utilizadores e que a Huawei sempre teve esse lema no pensamento. Esta resposta chegou quando perguntado sobre o receio dos utilizadores (e governos) no que toca à privacidade e informações dos mesmos ser fornecida ao governo chinês.
Ren Zhegfei apontou "Nunca faremos isso. Se tivesse feito isso uma vez, os EUA teriam provas para espalhar pelo mundo. Dessa forma, os 170 países e regiões em que operamos atualmente deixariam de comprar nossos produtos, e nossa empresa entraria em colapso. "Depois disso, quem pagaria as nossas dívidas? Nossos funcionários são todos muito competentes, eles renunciariam o contrato e começariam suas próprias empresas, deixando-me sozinho para pagar nossas dívidas. Eu preferiria morrer".
Fundador da Huawei diz quem é que deve ter os dados dos utilizadores
Logo depois acrescentou que nenhuma fabricante de smartphones devia ter o direito de ter acesso às informações dos utilizadores. Acrescenta dizendo que as únicas entidades que o devem ter são as operadoras de forma a nos dar os seus serviços. Esta é também uma achega à Google e Facebook que nos "persegue" a cada passo que damos.
"As operadoras precisam de ter os dados dos utilizadores, caso contrário, nenhuma chamada telefônica pode ser feita. É responsabilidade da operadora acompanhar os dados do utilizador. Nós, como fornecedores de equipamentos, não temos acesso a esses dados", acrescentou o fundador da Huawei.
Em suma, é bom ver este tipo de atitude do fundador de uma empresa como a Huawei. Não só a dar valor ao que os concorrentes fazem, mas também em seguir bons exemplos de privacidade de utilizador. Numa altura em que a Huawei está a ser perseguida por suspeitas de espionagem para o governo chinês, é bom que o CEO tome a liderança e esclareça qual o objetivo da fabricante.
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