A Intel é uma empresa americana de semicondutores e uma das líderes de mercado no que respeita a processadores para a área da informática. Os chips desta empresa são transversais a todo o tipo de sistemas operativos, equipando máquinas com Windows, Linux e MacOS.
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Os últimos tempos não têm sido fáceis para a empresa californiana com a descoberta de algumas falhas e problemas de segurança inerentes aos seus processadores. Mas se os responsáveis pela empresa pensavam que o novo ano traria-lhes algum sossego, então estavam enganados.
Todos os processadores Intel dos últimos dez anos estão afetados
Segundo um relatório divulgado pelo site The Register, os processadores Intel sofrem de uma grave falha de segurança que colocam em risco a segurança dos dados dos utilizadores. Embora os pormenores desta falha ainda não sejam muitos, sabe-se que este problema afeta todos os processadores desenvolvidos na última década, onde se incluem as arquiteturas X86 e x64.
Por aquilo que se conhece atualmente, este problema faz com que zonas protegidas da memória do kernel possam ser acedidas por outras aplicações. Para teres uma noção mais concreta do problema, é possível que uma máquina virtual obtenha acesso aos dados de uma outra, algo que simplesmente não deveria acontecer.
Uma vez que qualquer aplicação que tenhas a correr no teu PC consegue aceder a dados de outra, os problemas agravam-se quando estamos perante aplicações maliciosas. Com efeito, todas as tuas passwords e nomes de utilizador podem ficar vulneráveis aos meliantes.
Infelizmente a resolução para este problema não está dependente da Intel. Aliás, a correção terá de partir dos próprios sistemas operativos, limitando as permissões dos processadores no acesso aos dados.
No entanto, também a resolução desta vulnerabilidade trará inconvenientes aos utilizadores. Uma vez que as correções lançadas terão de limitar o acesso dos processadores aos dados, isto irá repercutir-se na performance final do teu PC. Estima-se que a perda de performance possa oscilar entre os 5% e os 30%.
Pelo que se sabe, a Microsoft está já a trabalhar no desenvolvimento da respetiva correção para o Windows. Do lado do Linux, existem relatos de algumas distribuições que também já estão a tentar resolver o problema, mas do lado da Apple ainda nada se conhece.
Apesar da gravidade deste problema, o utilizador ainda não pode fazer nada para se precaver. Se és detentor de um processador Intel que se enquadra nesta panorama, a única opção que tens é esperar que o teu sistema operativo receba a devida correção.
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