Desde que anunciou os seus novos termos de serviço que o WhatsApp está envolvido numa tempestade que parece não ter fim. As alterações à forma como o serviço partilha dados com o Facebook conduziu a um êxodo da plataforma e migração para as ofertas rivais, como o Telegram ou Signal.
A companhia de Mark Zuckerberg parece ter acusado o toque e está a promover uma campanha para defender a privacidade do WhatsApp e convencer os utilizadores a não desinstalarem a aplicação.
Facebook tenta impedir abandono do WhatsApp
A plataforma de mensagens instantâneas tem recorrido a atualizações de estado onde desmistifica algumas das questões que têm sido levantadas nas últimas semanas.
Através destas mensagens a companhia tenta fazer compreender que as alterações, entretanto adiadas, não lhes vão conferir o direito de vasculhar as conversas ou escutar as chamadas dos seus utilizadores.
O Facebook vai até mais longe e está a recorrer a publicidade em jornais indianos onde promove a "honra" do WhatsApp, explicando que a privacidade de cada um está devidamente protegida. Convém recordar que a Índia é o maior mercado do WhatsApp em termos de número de utilizadores.
Com esta iniciativa a companhia mãe procura convencer o público de que as conversas pessoais e mesmo atividades profissionais não estão em risco com as novas políticas de utilização da plataforma.
Persistem as dúvidas sobre os dados recolhidos pelo Facebook
Apesar disso o Facebook continua sem esclarecer de forma cabal quais os dados que passará a recolher do WhatsApp e esse facto continua a deixar muita gente de pé atrás.
Pelas informações que têm sido tornadas públicas parece mesmo que o WhatsApp passará a recolher mais dados pessoais do que qualquer outro serviço do mesmo género.
Mesmo que a implementação das novas medidas tenha sido adiada não foi feita qualquer referência a alterações que possam mitigar as dúvidas levantadas e sossegar as pessoas.
Tendo em consideração o aumento de número de utilizadores do Telegram e Signal nos últimos dias, talvez o Facebook precise de algo mais do que campanhas em jornais para impedir a migração de utilizadores.
A estratégia ideal podia passar por esclarecer quais os dados que recolhe efetivamente através do WhatsApp, em vez de insistir em falar sobre os dados que não recolhe.
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