A rede social de Mark Zuckerberg comprometeu-se esta quarta-feira (24) a investir pelo menos mil milhões de dólares na indústria das notícias ao longo dos próximos três anos. Este é o resultado do impasse entre o Facebook e o governo da Austrália.
Após ter feito uma prova de força, ou medida extrema, consoante as opiniões, a rede social chega agora a um entendimento que visará o pagamento às principais fontes noticiosas. A empresa seguiu o exemplo da Google que desde logo anuiu à imposição.
Facebook chega a um entendimento com a Austrália
Em causa estava a nova disposição legal aprovada pelo governo da Austrália que obriga as Bit Tech como o Facebook e o Google a compensar monetariamente os meios de comunicação social. A imposição é tida como justa retribuição uma vez que as redes sociais e os motores de busca distribuem as notícias de fontes legítimas nas suas plataformas.
Recentemente, o Facebook deu a conhecer os motivos do seu bloqueio a todo o conteúdo noticioso na Austrália. Apontando o dedos responsáveis governamentais que "não souberam interpretar a relação entre as redes sociais e as cadeias de notícias, a empresa de Zuckerberg acabaria por remover todas as publicações de fontes legítimas da sua redes social. A medida foi noticiada pela 4gnews.
Este foi um dos temas quentes da última semana. Um duelo de vontades entre a rede social e as cadeias de notícias do país com o aval do governo australiano. Agora, o entendimento é avançado pela agência Reuters, colocando termo ao conflito.
O escrutínio do Facebook foi motivado pela propagação das notícias falsas
Além do seu modelo de negócios, também o papel das redes sociais foi alvo de atenção redobrada por parte das autoridades competentes. Sendo a sua plataforma usada para divulgar os mais diversos conteúdos, também as notícias falsas, ou desinformação acabaria por encontrar um grande palco no Facebook.
Perante tais constatações, a empresa norte-americana começou a ficar sob crescente escrutínio, registando-se também as críticas dos agentes de comunicação social. As tensões aumentaram e culminariam no impasse da passada semana.
São mais de mil milhões de euros para a comunicação social ao longo de três anos
Esta terça-feira (23) o Facebook reativou todas as páginas de notícias da Austrália. Levantaria também as restrições impostas à publicação de notícias na rede social e a partilha de conteúdos noticiosos oriundos da Austrália noutros países.
A atitude do Facebook veio chocar os media estabelecidos. Nada fazia antever uma atitude tão radical e rápida por parte da rede social. O alvoroço que então se fez sentir continua visível nos temores e comentários à atitude drástica por parte destes agentes.
Entretanto, o Facebook mantém a tese da "falta de compreensão" da relação entre a rede social e a indústria das notícias. As declarações estão presentes no blog oficial da rede social.
O Facebook também fez saber que está a negociar com várias cadeias de notícias da Alemanha e da França, buscando acordos similares para compensar a comunicação social.
Para todos os efeitos, exemplo australiano não se repetirá.
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