Alegadamente, o Facebook terá isentado milhões de utilizadores da aplicação da sua política de regras e padrões para a comunidade. A informação é avançada pelo Wall Street Journal que cita documentos internos sobre a situação.
Segundo a mesma fonte de informação, a rede social terá criado o programa Cross Check – ou XCheck – que protege figuras públicas, onde se incluem celebridades e políticos, de regras da empresa contra o assédio sexual e incitação à violência.
Publicação de nus e informação incorreta
Os documentos na posse do órgão de comunicação norte-americano revelam inclusive um caso específico. Mais especificamente, o Facebook terá permitido que o jogador de futebol brasileiros Neymar da Silva Santos Jr publicasse fotos de nus de uma mulher que o acusava de violação. Posteriormente a rede social retirou este conteúdo da sua comunidade.
Os mesmos documentos revelam ainda que foi permitido a alguns utilizadores com alto perfil partilhar informação incorreta, incluindo sobre vacinas contra a Covid-19.
De acordo com a mesma fonte, em 2020 cerca de 5,8 milhões de utilizadores estavam incluídos no programa XCheck, incluindo a maior parte dos funcionários do governo dos EUA. No entanto, alguns candidatos a cargos públicos nao eram abrangidos pelo programa.
Esta não é a primeira vez que o Facebook é alvo de críticas sobre a aplicação justa das suas regras e padrões para a comunidade.
Facebook fala em segunda camada de revisão
Por sua vez, o Facebbok já reagiu através de uma publicação no Twitter do seu porta-voz Andy Stone. Recuperando uma publicação de 2018, o responsável explica que a rede social utiliza "uma segunda camada de revisão" para garantir que os conteúdos de altos perfis aplicam corretamente as políticas da empresa. "Não existem dois sistemas de justiça; é uma tentativa de salvaguarda contra erros", garante Stone no Twitter.
Conselho de Supervisão do Facebook apela à transparência
Também o Conselho de Supervisão do Facebbok reagiu no Twitter afirmando que já expressou, em múltiplas ocasiões, as suas "preocupações com a falta de transparência nos processos de moderação de conteúdos do Facebook", nomeadamente no que dis respeito à "gestão inconsistente da empresa das contas de alto perfil".
A secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard, também se pronunciou sobre o caso, afirmando que a regulamentação governamental é urgente e necessária para garantir que os direitos humanos sejam também protegidos no mundo online. A mesma responsável acrescenta ainda que estas notícias alertam para o facto de não ser possível depender apenas das empresas para se autorregularem.
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