Uma equipa de investigação conseguiu “falar” durante uns longos 20 minutos com uma baleia-jubarte. A experiência única aconteceu no Alasca, em 2021, mas Josie Hubbard, uma das cientistas desta equipa, recorda agora o momento em novas declarações à BBC. Mostramos o momento no vídeo publicado pelo KCRA 3.
Diz Josie Hubbard que foi como “experimentar outro mundo”. A dita conversa aconteceu com uma baleia-jubarte conhecida por Twain e a cientista volta a contar a experiência única que viveu.
A equipa de investigação seguia num barco com um altifalante subaquático que emitia um chamamento de baleia anteriormente gravado. Passado algum tempo, a equipa viu um dos elementos do grupo de baleias a deixar o seu grupo e a aproximar-se do barco.
Depois de circular o barco, por breve momentos, para surpresa e alegria da equipa de cientistas, Twain respondeu à saudação e, durante 20 minutos, manteve uma “conversa” com esta equipa.
Nesta nova entrevista à BBC, Josie Hubbard revelou que estava embrenhada no seu trabalho no convés, quando se apercebeu da aproximação de Twain ao barco.
Apenas as baleias-jabuarte machos conseguem entoar o canto longo
As baleias-jabuarte vocalizam, mas apenas os machos são capazes de entoar o canto longo e em volume alto pelo qual esta espécie é conhecida.
Este canto consiste em vários sons num registo baixo que variam em amplitude e frequência e podem durar entre dez a 20 minutos.
Estes mamíferos não têm cordas vocais e, por isso, pensa-se que o som seja produzido por uma estrutura semelhante à laringe, presente na sua garganta. Mas os cientistas ainda não conseguiram associar, de forma inequívoca, que é este mecanismo que emite o conhecido cântico.