A quinta geração de redes móveis está em rápido crescimento por toda a Europa, ainda que Portugal continue à espera do término do leilão do 5G organizado pela ANACOM. Isto não impede, contudo, que as principais fabricantes apostem nesta tecnologia.
Aliás, se até há pouco tempo a conetividade 5G era um exclusivo dos smartphones topo de gama, agora a agência de análise Counterpoint mostra-nos a permeabilidade desta tecnologia. O seu mais recente relatório é particularmente elucidativo.
Há cada vez mais smartphones com suporte para 5G na Europa
Ao passo que no primeiro trimestre de 2020 não existiam smartphones de gama média com suporte para 5G à venda na Europa, no terceiro trimestre já representavam 20% desse segmento. Foi um rápido crescimento como aponta a Counterpoint Research.
Segundo esta entidade, o suporte para 5G foi um dos principais pontos de venda para ambos os segmentos de gama média. A saber, o segmento de gama média propriamente dita (entre 250 a 500 dólares) e o segmento de gama média / alta (de 500 a 700 dólares).
Para a Counterpoint Research a procura por novos smartphones acessíveis com suporte para 5G foi um dos motivos para o aumento das vendas. Com efeito, na Europa o volume de smartphones vendidos voltaria a aumentar, bem como o seu preço médio.
Aliás, este aumento do preço em ambos os segmentos supracitados dever-se-á, em parte, à Huawei. O motivo para tal prende-se com o súbito vazio de poder deixado pela Huawei com a fabricante a não colocar novos smartphones no mercado recentemente.
Perante tal situação, as demais fabricantes aproveitaram para reforçar as respetivas quotas de mercado. Ao mesmo tempo, aproveitaram também para aumentar o preço médio dos seus smartphones Android.
A Huawei deixou um grande vazio na Europa
Incapaz de colocar novos smartphones no mercado, a Huawei pertence ao passado. No entanto, a sua falta faz-se sentir, sobretudo, no segmento de gama baixa onde era particularmente popular com os seus dispositivos móveis até 250 dólares.
Perante este hiato, as demais concorrentes sorveram a sua quota de mercado e aproveitaram para aumentar as margens de lucro. Há, contudo, algumas boas exceções como é o caso da Xiaomi, sobretudo com a sua linha POCO e Redmi na Europa.
Para os analistas de mercado há uma escassez de bons smartphones abaixo de 250 dólares. Há, contudo, algumas exceções como os smartphones da Redmi e POCO, duas sub-marcas da Xiaomi que também já garante o acesso às redes 5G nestes produtos.
De qualquer modo, para a Counterpoint foram os segmentos de gama média e gama média / alta que mais cresceram durante o abrandamento económico causado pela pandemia da COVID-19.
Xiaomi, OPPO e OnePlus cresceram bastante na Europa
Segundo o relatório da empresa em questão, durante o primeiro trimestre de 2020 deu-se um grande crescimento de três marcas chinesas. A Xiaomi, OPPO e OnePlus trincharam para si uma boa quota de mercado na Europa após a hecatombe da Huawei.
Mais concretamente, entre si estas três fabricantes foram responsáveis por mais de um terço de todos os smartphones vendidos na gama média/alta. Já a Xiaomi continuou a reforçar também a sua presença no segmento de gama média e entrada.
Como resultado, estas fabricantes colocam agora mais pressão junto da Apple e da Samsung, atual líder de mercado. Ainda que ambas se especializem no segmento premium, nem mesmo aí estão "a salvo" das investidas das três fabricantes chinesas.
Note-se que tanto a Xiaomi como a OPPO e a OnePlus trazem cada vez mais smartphones para este segmento de topo. Para fazer frente a este ameaça tricéfala a Samsung apostará cada vez mais nos smartphones dobráveis. Já a Apple, manter-se-á fiel aos seus iPhone.
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