Ao mesmo tempo, visa construir o seu primeiro computador quântico. A notícia é avançada pela agência Reuters, dando conta dos anseios da União Europeia que, sucintamente, almeja ter um papel ativo e significativo na indústria dos semicondutores.
Para tal, pretende estimular os Estados Membros e respetivos tecidos socio-económicos para que também na Europa se produzam chips, processadores, memórias, placas-mãe, gráficas e demais rol de componentes que fazem mover o mercado informático.
A Europa quer construir o seu primeiro computador quântico
No espaço de 5 anos poderemos ter o primeiro computador quântico pautado pela nona sinfonia de Beethoven, o hino europeu. Este será o culminar do novo esforço comunitário no sentido de conseguir produzir até um quinto do volume global de semicondutores.
Medidas como esta visam diminuir a dependência das fabricantes de componentes não europeus, sendo na sua maioria fabricados na China e demais mercados asiáticos. Para o legislador europeu, é necessário trazer de volta a inovação para a Europa.
O plano europeu é apelidado de "2030 Digital Compass", a bússola digital pauta assim o novo norte no espaço comunitário. É, para todos os efeitos, um dos grandes vetores de aposta para o mundo pós-COVID19 e possível motor de recuperação económica.
Os semicondutores são cruciais para o desenvolvimento económico da Europa
Estes chips, processadores e demais semicondutores são usados em cada vez mais produtos que pautam a nossa vida. Do carro elétrico ao smartphone que temos no bolso, o reino da tecnologia cresce exponencialmente e quem produz estes elementos essenciais à "vida" digital poderá manter-se entre as grande potências económicas.
"É nosso objetivo que em 2030 a produção de tecnologia de ponta e semicondutores atinja pelo menos 20% do volume global até ao raiar da próxima década", aponta a Reuters com base num documento da União Europeia a que teve acesso.
A notícia avançada pela Reuters chega no mesmo dia em que a Apple anunciou o investimento de mil milhões de euros num novo centro de pesquisa e desenvolvimento (R&D) em Munique, no coração da Europa.
O novo campus da Apple será um motor de inovação para a gigante de Cupertino e colocará a cidade alemã nos holofotes da tecnologia. Aí serão desenvolvidas novas tecnologias para o 5G, comunicações sem-fios e a arquitetura de processadores.
O futuro passa pelo investimento na tecnologia quântica
O plano traçado pela União Europeia, encabeçado por Margrethe Vestager e Thierry Breton será apresentado e detalhado na próxima semana. Até lá, sabemos que a tecnologia quântica é tida como uma grande janela de oportunidade para a Europa.
Este plano engloba ainda a construção de 10 000 áreas de produção, com pegada de carbono neutra, até 2030. Tal investimento nas infraestruturas de produção poderá ajudar a Europa a aumentar a sua presença e impacto no mercado tecnológico mundial.
Também até 2030, a Europa quer que o 5G esteja disponível em todas as áreas povoadas. O esforço de conexão da população é outro dos vetores de aposta essenciais para o crescimento económico europeu.
O plano carece agora de aprovação por parte dos Estados-Membros, bem como do Parlamento Europeu.
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