A agência de análise de mercado Counterpoint Research partilhou agora o seu relatório alusivo ao mercado europeu de smartphones durante o primeiro trimestre de 2022. As conclusões denotam uma realidade pessimista com forte quebra no período em questão.
Mais concretamente, durante os primeiros três meses de 2022 o volume de vendas de smartphones caiu 12% face às métricas registadas no trimestre anterior, o quarto trimestre de 2021. É o pior resultado na Europa desde os valores registados em 2013.
Mercado europeu de smartphones regista queda histórica de 12% no 1.º trimestre de 2022
O pior de tudo? A Counterpoint Research avisa que o mercado ainda piorará antes de voltar a melhorar. Com efeito, a queda de 12% no volume de vendas face ao trimestre prévio traduz-se em apenas 49 milhões de smartphones vendidos nos primeiros três meses do ano. São valores inéditos desde 2013, altura em que o mercado também se encontrava em recessão.
Constatamos, com efeito, que apenas uma das cinco fabricantes do Top 5 na Europa registou um aumento no volume de vendas durante o período em análise. A exceção está na Realme, a sub-marca da OPPO que granjeou um crescimento de 67% face ao trimestre anterior.
As demais fabricantes registariam diferentes quebras, desde os modelos 8% de contração da OPPO, aos expressivos 36% de queda para a Xiaomi. Por outro lado, a Samsung também registou um decréscimo de 16% nas vendas, ao passo que até a Apple viria a cair 6% durante este período.
O Top 5 na Europa é dominado pela Samsung, Apple e Xiaomi
Todo o mercado caiu durante o primeiro trimestre de 2022, sem que a ordem de dominância se alterasse. Assim, continuamos a ter a Samsung em primeiro lugar, Apple em segundo lugar e Xiaomi em terceiro lugar. Em seguida temos a OPPO em quarto lugar, com a Realme a fechar o Top 5 europeu.
Note-se ainda que a Samsung lidera com grande margem sobre a segunda classificada, com 35% de quota de mercado face aos 25% da Apple. Logo em seguida temos a Xiaomi com 14% de quota de mercado e a OPPO com 6%. Já a Realme conta agora com 4% de quota e as demais fabricantes com15%.
Para a Counterpoint Research as razões para esta quebra prendem-se sobretudo com a escassez de componentes, algo que ainda carece de solução à medida que a indústria desperta do turpor da COVID-19. Além disso, a inflação descontrolada que se faz sentir na China já afetou o mercado no primeiro trimestre e, claro está, a guerra na Ucrânia.
Mercado vai piorar com nova crise já no horizonte antes de voltar a recuperar
A Counterpoint Research aponta ainda que o mercado europeu estava, há um ano, encaminhado para a recuperação. Porém, a agitação no mercado da China afeta a economia global, com a agressão russa ao território ucraniano a piorar a conjetura mercantil.
Por fim, para os leitores interessados, podem acima consultar o relatório homólogo para o mercado da América Latina, incidindo sobre nações como o Brasil, entre outras. Também aí a Samsung domina, com a Apple sem segundo lugar e a Xiaomi em terceiro.
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