Estudo mostra que 47% dos antivírus Android possuem falhas de segurança

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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Uma auditoria levada a cabo pela empresa de segurança britânica Comparitech mostra que 47% dos antivírus para Android não são seguros. Entre as falhas detetadas podem destacar-se problemas de privacidade, na segurança dos dados e publicidades.

No total, foram 21 as aplicações de segurança testadas por esta agência britânica. Conclui-se, portanto, que quase metade delas falharam de alguma forma.

Para chegar a estas conclusões, a Comparitech analisou os painéis de gestão de todas as aplicações, bem como os supostos bloqueadores de rastreio que estas dizem incluir. Esta última funcionalidade seria aquela que impediria as empresas de saber o que vês na internet para apresentar anúncios em concordância.

7 das aplicações testadas não foram capazes de detetar a presença de vírus

A função principal de um antivírus deveria ser a deteção e remoção de qualquer software do género. Contudo, este estudo mostra que um terço das aplicações escrutinadas falha na sua principal função.

Eis os antivírus que não foram capazes de detetar a presença de um vírus no smartphone:

  • AEGISLAB Antivirus Free
  • Zemana Antivirus & Security
  • NQ Mobile Security & Antivirus Free
  • MalwareFox Anti-Malware
  • Antiy AVL Pro Antivirus & Security
  • Brainiacs Antivirus System
  • Tap Technology Antivirus Mobile
  • Fotoable Super Cleaner

Em alguns casos, estas aplicações também estavam a vender dados dos utilizadores a agências de publicidade. Ou seja, em vez de impedir que estas acedessem aos nossos dados, eram elas próprias a vender as informações que deveriam camuflar.

Algumas apps possuem vulnerabilidades que comprometem os nossos equipamentos

Esta auditoria revela ainda que aplicações dos estúdios AEGISLAB, BullGuard e VIPRE Mobile possuem serviços web mal configurados. No caso da VIPRE Mobile, estas possuem uma vulnerabilidade que permite o acesso de terceiros à nossa lista de contactos.

O mesmo estúdio é ainda apontado por possuir uma falha que permite o envio de falsos alertas para a presença de software malicioso num smartphone. Estas falham ainda em segurar os nossos dados, visto que a Comparitech conseguiu aceder a informação sensível.

As aplicações da BullGuard sofriam do mesmo mal do software da VIPRE Mobile. Ademais, possuíam outra vulnerabilidade que permitiam a hackers recolher informações dos nossos smartphones. Já os serviços web da AEGISLAB permitiam a execução remota de software malicioso no nosso smartphone.

O problema está na falta de concorrência

A Comparitech, responsável pelo estudo, afirma que a falta de concorrência neste segmento é o principal causador deste cenário. Os poucos que existem focam-se maioritariamente em adicionar funcionalidades aos seus produtos do que aprimorar as que já possuem.

A falta de software malicioso para smartphones também faz com que as empresas de segurança se descuidem. Isso resulta em propostas de qualidade inferior ou na inexistência delas.

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Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.