Nas últimas horas, ficamos a conhecer a aprovação de um novo projeto-piloto que pode dar muito jeito aos proprietários de carros elétricos (VEs). Chama-se ““Novas soluções para gestão flexível da potência de carregamento de veículos elétricos em edifícios coletivos (FlexC)”.
Este foi promovido pela E-REDES – Distribuição de Energia, S.A. e aprovado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). No fundo, este permitiria aumentar a potência de carregamento de VEs em condomínios.
O que sabemos sobre o projeto?
Como reporta a ERSE, este projeto teria uma duração inicial de 6 meses. Conforme descrito no documento oficial, visa testar “a possibilidade de proporcionar maior potência para carregamento de veículos elétricos em garagens comuns de edifícios coletivos e aferir o grau de interesse neste novo conceito”.
O projeto FlexC surge, na medida em que o carregamento de carros elétricos em condomínios continua a ser um desafio, para muitos condutores. Para além disso, foi identificado um excedente de potência neste tipo de condomínios, que não está a ser usado da forma devida.
Nesta fase de teste-piloto, a E-REDES escolheu 7 condomínios para testar o sistema. Ao todo, estamos a falar de 62 novos pontos de carregamento para VEs. O projeto é levado a cabo com o apoio de EDP Comercial, EVIO, KLC e Smart Energy Lab.
Os benefícios apontados pela ERSE
Acerca deste teste-piloto, a ERSE indica alguns pontos de melhoria que o projeto FlexC pode ter junto dos consumidores. Para os proprietários de VEs, os destaques citados pela ERSE são:
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Evitar a necessidade de um reforço da ligação do edifício coletivo à rede elétrica de serviço público
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A sua implementação no terreno demora menos tempo do que uma obra de reforço de ligação.
Já para os restantes, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos considera que “uma utilização mais eficiente da potência disponível reduzirá os investimentos em reforços da rede pública a montante, que iriam onerar todos os consumidores do setor elétrico”.
Como referido anteriormente, prevê-se que o projeto-piloto vá demorar cerca de 6 meses. No entanto, fica também em aberto a possibilidade deste período ser estendido para um máximo de 24 meses (2 anos).