Essential Phone é um verdadeiro pesadelo no que toca a reparações

Eduardo Silva
Eduardo Silva
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Depois de muita espera, o Essential Phone chegou finalmente ao mercado e tem sido recebido de forma positiva pelo público. Este smartphone desenvolvido por Andy Rubin tem tanto de premium como de simplista, juntando materiais de altissíma qualidade a um software seguro e apenas focado nas funções básicas do software.

No entanto, para os que pretendem adquirir um exemplar, há um pequeno (grande) pormenor que pode ter um impacto negativo na escolha do smartphone. Isto porque, no que toca à reparabilidade em caso de estragos ou avaria, o Essential Phone é um verdadeiro pesadelo.

Vê ainda: desmantelamento do terminal, descrevendo-o passo a passo através do seu site, o Essential Phone é praticamente impossível de reparar. Na escala de 1 a 10 dada pela iFixit, sendo 10 o nível de maior facilidade na reparação, o Essential PH-1 recebeu um terrível 1, não dando boas perspetivas a quem já tenha adquirido um exemplar ou mesmo aquem estivesse com a ideia de obter um.

A explicação para tal dificuldade é, aliás, bastante óbvia. O terminal é composto por uma placa de titánio e por um painel traseiro em cerâmica, sendo necessário congelar o smartphone para que se possa abrir o mesmo. A única boa noticia acaba por ser a questão dos parafusos que o mesmo recebe, sendo eles regulares e fáceis de repor.

Mesmo a bateria está segura por um adesivo bastante fácil de substituir, mas acaba por isto se tornar irrelevante tendo em conta a grande dificuldade em aceder às "entranhas" do terminal.

O Essential Phone é composto por uma placa de titânio e um painel de cerâmica que dificultam o acesso às suas componentes

E por falar em entranhas, relembramos que o Essential Phone chegou ao mercado com um ecrã Quad HD de 5.7 polegadas e praticamente sem extremidades laterais e superior, integrando no seu interior um processador Snapdragon 835 da Qualcomm, com 4GB de RAM e 128GB de memória interna, bem como uma bateria de 3040mAh.

Na parte traseira encontra-se um sistema de dual-câmara de 13MP e uma abertura f/1.9, um ponto acima do leitor de impressões digitais e ladeando a conexão magnética para a câmara 360º. Já na parte frontal, para além do ecrã, está um sensor fotográfico para selfies de 8MP capaz de gravar em 2160p a 30fps, que se sobrepõe ligeiramente na parte superior do ecrã.

O terminal chegou ao mercado como um verdadeiro hino ao Android, correndo a versão 7.1 do Nougat na sua forma mais pura (carrega apenas consigo, de fábrica, 16 aplicações), que se junta a uma construção de grande qualidade, com materiais a condizer. Mas a utilização de bons materiais nem sempre compensa na hora de reparar o dispositivo, tal como podemos ver pelos resultados apresentados pela iFixit.

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