
Conforme previa inicialmente o plano europeu, nada de vender carros com motor de combustão a partir de 2035. Quem acabou de enviar uma carta à União Europeia (UE) foi Espanha, exigindo que o plano não volte atrás.
A proibição exigida pelos espanhóis exige o fim das vendas para carros híbridos, a gasolina e Diesel. A carta assume particular relevância, numa altura em que Alemanha e Itália têm pedido para a UE rever o plano e, eventualmente, alterá-lo (via Razão Automóvel).
Note-se que este plano que visa proibir a venda a partir de 2035, também pretende proibir a circulação a partir de 2050. A carta enviada pelo governo liderado por Pedro Sanchez contou ainda com o apoio dos franceses.
Um recuo seria “incoerente” e “desmotivador”
No documento oficial, está escrito que um recuo agora seria “incoerente e desmotivador”, depois da definição das metas iniciais. Os espanhóis pedem ainda incentivos financeiros, no sentido de apoiar a transição energética, junto das fábricas na Europa. Isto porque os custos de produção são cada vez maiores, com a procura a não acompanhar a toada.
Em desacordo com a posição de Espanha, alemães e italianos consideram que é preciso rever a norma de um modo “pragmático”. Nas palavras da primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, a meta de 2035 é uma “ideologia de loucura”.
A posição de Itália e Alemanha advoga uma especial atenção aos automóveis híbridos, propondo um prolongamento do prazo para os mesmos. É ainda colocada a possibilidade de se reconhecer os combustíveis sintéticos e renováveis como outra solução viável.
Por enquanto, ainda não há uma decisão final tomada, mas Ursula von der Leyen já confirmou que a Comissão Europeia irá discutir novamente o assunto. Tal deverá acontecer ainda antes do final do ano.
Resta esperar para ver quem vence este “braço de ferro” europeu, que de um lado coloca o país que produz mais automóveis na Europa (Alemanha) e, do outro, o segundo país que mais automóveis produz (Espanha).
