
O Governo espanhol vai propor o fim da mudança da hora na União Europeia em 2026. A intenção foi confirmada esta segunda-feira e insere-se num debate europeu sobre a utilidade desta prática, que há décadas ajusta os relógios duas vezes por ano. A ideia é manter um horário fixo durante todo o ano e eliminar a transição sazonal entre a hora de verão e a de inverno.
A proposta será apresentada em Bruxelas no próximo ano, para alinhar a decisão a nível europeu e evitar fusos horários descoordenados no espaço comunitário. Segundo o jornal Público, que avançou a notícia, Espanha quer que esta alteração entre em vigor a partir de 2026, “para permitir uma transição coordenada entre os Estados-membros”.
Os efeitos práticos desta mudança a nível digital (e não só)
Os smartphones e computadores ajustar-se-iam automaticamente, mas a mudança da hora continua a ter efeitos práticos nas rotinas humanas e digitais. A eliminação desta alteração semestral reduziria o chamado “jet lag social” e facilitaria a adaptação ao ritmo diário. Menos transições significam também menos perturbações no sono, mais estabilidade e maior previsibilidade na organização pessoal e profissional.
Um horário fixo facilitaria a coordenação de horários de trabalho e reuniões online, sobretudo em setores que operam em regime remoto ou híbrido. A previsibilidade reduziria ainda erros de agendamento e falhas de sincronização em contextos internacionais. Outro efeito esperado prende-se com a luz natural.
Casas inteligentes e edifícios automatizados podem beneficiar
A manutenção da hora de verão resultaria em mais horas de claridade ao final do dia, o que poderá influenciar hábitos de mobilidade e padrões de consumo energético. Com mais luz natural, reduz-se a necessidade de iluminação artificial, com impacto potencial também em casas inteligentes e edifícios automatizados.
A decisão ainda terá de ser discutida no Conselho e Parlamento Europeu, mas Espanha quer liderar o processo e garantir que a alteração ocorre de forma coordenada entre os Estados-membros.