O escândalo das emissões da Volkswagen continua bem presente na nossa memória e agora o enredo adensa-se com a citação da Fiat. Em finais de 2015 veio a público a informação de que a marca alemã conseguiu enganar, anos a fio, vários testes e inúmeros especialistas cuja responsabilidade era fiscalizar as emissões de óxidos de azoto (NOx).
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A Volkswagen manipulou durante anos os testes de emissões a que os seus veículos eram sujeitos. Esta falcatrua tinha como intuito mostrar que os automóveis da Volkswagen poluíam menos e acabou por ficar conhecida como "Escândalo das emissões". A artimanha levou a que a Agência de Protecção Ambiental (EPA) norte-americana indicasse cerca de 482 mil viaturas a diesel que circulam nas estradas daquele país com emissões 40 vezes superiores ao tolerado pela lei.
Pouco tempo depois, foi a própria Volkswagen que veio admitir a possível existência de 11 milhões de viaturas com este vício. O escândalo das emissões dominou o final de 2015 e arrastou-se por 2016.
Agora, quando poderíamos pensar que o assunto estava arrumado, a agência de investigação federal dos EUA, o FBI, acusou e privou de liberdade um dos dirigentes da Volkswagen naquele país devido às supostas ligações com o escândalo das emissões (Dieselgate).
A Volkswagen pagou ao governo norte-americano cerca de 4.3 mil milhões de dólares após terem chegado consenso sobre a indemnização devida pela utilização do software de manipulação de dados.
Hoje, a mesma agência de protecção ambiental que detetou o esquema da Volkswagen, abriu um novo capítulo ao acusar a Fiat (consórcio Fiat Chrysler) de utilizar truques de software para atingir o mesmo fim.
De acordo com a diretora-adjunta, Cynthia Giles, da Agência de Proteção Ambiental dos USA, a EPA, o software utilizado para omitir as leituras dos óxidos de azoto (fórmula química: NOx) quando na presença de condições de teste, ao passo que durante as condições de condução normal o volume de emissões era muito maior.
Tal facto, por si só é uma clara e séria violação da legislação de proteção ambiental, não restando dúvidas de que eles (Fiat-Chrysler) estão a contribuir para a poluição ilegal.
Mais ainda, a EPA já enviou um requerimento à Fiat-Chrysler para que esta prove que não está a utilizar o software acima descrito. Em causa estão vários veículos como os Jeep Grand Cherokee's de 2014 a 2016, para além de várias carrinhas da Dodge.
Acompanharemos com atenção este novo capítulo do escândalo das emissões, um assunto que continua bastante quente.
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