A Samsung Portugal, a propósito do lançamento da nova série premium Galaxy S23, deu uma conferência de imprensa aos meios de comunicação nacionais.
O 4gnews esteve presente e aproveitou a ocasião para conversar com o responsável máximo de produto da divisão Mobile da empresa, José Correia, sobre as expetativas que a Samsung tem para a receção desta série no mercado português.
A marca mostra-se confiante com os equipamentos agora apresentados e acredita que o Galaxy S23 Ultra será um sucesso no nosso país, visto que “os portugueses já nos habituaram há muito tempo que querem o melhor do melhor”.
Quais são as expetativas para o mercado português, relativamente à nova série Galaxy S23?
Encaramos o ano com bastante confiança. Vimos o ano com algumas dificuldades no horizonte, naturalmente, sobretudo nas gamas mais baixas, com preços inferiores aos 600 euros. Esse é um mercado muito desafiante e as primeiras semanas confirmam isso.
Contudo, o segmento acima dos 600 euros, ao qual chamamos premium, continua em crescimento. Naturalmente, os flagships, quer o nosso quer o da Apple, fazem mexer muito o mercado. Nós acreditamos que o consumidor vai continuar a responder. Trazemos também novidades suficientes para justificar o upgrade face ao modelo que as pessoas tenham neste momento. Portanto, acreditamos que vamos continuar a cumprir os nossos objetivos, em particular com esta nova linha de smartphones, na qual todos nós estamos bastante confiantes.
Esta nova série está bastante feliz, quer a nível de design e de especificações. Estamos bastante confiantes e confortáveis no que estamos a apresentar.
Qual será o modelo destes três Galaxy S23 com mais sucesso entre os portugueses?
Sem dúvida, o Galaxy S23 Ultra. Os portugueses já nos habituaram há muito tempo que querem o melhor do melhor. Mesmo antes de termos os Ultras, os portugueses optavam sempre pelos modelos mais avançados, como por exemplo o S10 Plus que teve uma grande preponderância. E desde então o peso do Ultra tem vindo a aumentar. Nessa lógica, estamos claramente convencidos que o Galaxy S23 Ultra será muito bem recebido pelos portugueses.
E quanto ao modelo Galaxy S23 Plus? Segundo, as últimas análises de mercado, os modelos Plus têm ficado aquém das expetativas.
Eu acho que é um modelo muito específico. Quando olhamos para a retenção dos clientes, o modelo Plus é que aquele que mais “recompra” provoca. Ou seja, um consumidor Plus é um consumidor Plus e vai continuar a ser. O modelo é bastante específico e tem um público fidelizado. Mas depende muito do tipo de utilização que se dá. Ou seja, o Plus não deixa de ser um modelo base maior, com uma bateria e ecrãs maiores. Tudo o resto é muito idêntico.
É para aquele consumidor que efetivamente quer ter o essencial da experiência de um flagship, não valoriza ter o top do top, mas quer um bom ecrã generoso para consumir conteúdos. Ter um telefone com uma bateria maior que aguenta mais tempo. Não diria que está num nicho, mas claramente é o modelo menos vendido.
Não fica aquém das expetativas, vem antes responder a um público altamente fidelizado. Não queremos deixar de ter um modelo Plus porque este tem exatamente esta falange de seguidores.
Mas claro que estamos sempre atentos àquilo que é a resposta do consumidor. O nosso trabalho é mantermos uma gama que seja eficiente, do ponto de vista dos modelos disponíveis. Mas, neste momento, justifica-se plenamente mantermos um modelo Plus na nossa gama Galaxy S.
Há pouco falámos que a série mais acessível Galaxy A não estava a ter tanto sucesso como esperado. Os novos modelos desta linha que aí vêm vão alterar essa tendência do mercado?
Eu gostava de dizer que sim. Este é o comportamento do mercado, não é o comportamento de nenhuma marca em específico. E tendo em conta aquilo que é a situação económica do país e internacional, honestamente não vimos as coisas a mudarem muito, a nível de dinâmicas de mercado.
Naturalmente, o que nós vemos nesse mercado abaixo dos 600 euros é que o peso das gamas mais altas, ou seja, dos subsegmentos mais altos – dividimos o mercado abaixo dos 200, depois 200-300, a seguir 300-400 e 400-600, esta é a forma como vimos o mercado –, nestes segmentos mais altos nós vemos um aumento do seu peso e os sucessores dos Galaxy A53 e A33, vão ter uma preponderância importante.
Eu acho que a pandemia também deu aqui uma tónica importante de as pessoas, cada vez mais, valorizarem ter um bom equipamento. Cada vez menos, temos pessoas que querem um telefone só para fazer chamadas. E por isso, a nível de volumes, o mercado irá com certeza baixar, agora esperamos que o preço médio aumente e aumente não só acima dos 600 euros, como abaixo dos 600 euros, graças a esses sucessores que se esperam nos próximos meses.
Mas a dinâmica como um todo, eu acredito que não irá alterar. Cada vez mais será o segmento premium a fazer mexer o mercado. Exatamente na mesma lógica. As pessoas querem ter algo bom, que possam utilizar a nível pessoal, quer a nível de trabalho. E a pandemia fez perceber que é diferente ter um bom telefone.
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